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Os contrastes de uma avenida chamada Paralela que é a porta de entrada para o litoral da capital baiana, tem causado muita dor de cabeça a população, que convive com dois lados que determinam bem o tamanho que se tornou a maior metrópole nordestina, caracterizada pela magia, mistérios e encantos do seu povo que cultiva a autoestima e mostra para o mundo a sua beleza.
Oficialmente registrada como Luís Viana e popularmente conhecida como Avenida Paralela, é o principal eixo de expansão de Salvador, local onde se observa o crescimento desenfreado da cidade, digno das grandes metrópoles onde se encontra todos os tipos de serviços em seus dezoito quilômetros de extensão. Além dos congestionamento diários, sobra problemas como devastação de áreas verdes, ocupações irregulares onde a vegetação remanescente da Mata Atlântica vem sendo destruída em troca do progresso que dar lugar cada vez mais a novos empreendimentos imobiliários. Pedaço de chão valioso, onde a desordem urbana ameaça o local caracterizado como pulmão verde da capital baiana.
Os restos da Mata Atlântica que se localizam as margens da paralela é um patrimônio dos moradores e que lhes garante qualidade de vida e bem-estar. Lá estão também uma das mais importantes área ambientais da cidade, que abriga espécies em extinção da fauna (mamíferos, aves, répteis e anfíbios) e da flora.
A olho nu pode se observar claramente que existe uma divisão nas margens da paralela: De um lado estão localizados os grandes condomínios Alphaville, shoppings centers, lojas de carros importados, grandes centros empresariais, clínicas médicas, universidades particulares, além do Centro Administrativo da Bahia, onde está localizada as esferas federais (Tribunal de Justiça, Receita Federal e Ministério Público) e estaduais (Assembleia Legislativa e demais secretarias), cercadas por áreas verdes, segurança privada e infraestrutura de primeiro mundo. E do outro lado, os bairros pobres ocupados por moradores que vivem em áreas de risco e locais degradantes, com ruas sem asfaltos, buracos e lixo por toda parte, além da falta de segurança, assistência médica e de escola.
O projeto da Avenida Paralela veio a reboque da construção do Centro Administrativo da Bahia, obra realizada pelo ex governador Antônio Carlos Magalhães em 1972, que trouxe para Salvador o urbanista Lucio Costa, que havia projetado Brasília, e veio com a responsabilidade de inovar o solo baiano.
A Paralela se tornou uma avenida importante de Salvador. É preciso parar com a destruição da Mata Atlântica, criar alternativas para preservar o meio ambiente, permitir ocupação racional e produzir riquezas para população que ocupa suas margens.
O primeiro passo é mudar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Salvador que não garante a preservação das áreas remanescentes. Daí quem sabe algum dia poderemos substituir o barulho dos carros e das máquinas, pelo canto dos pássaros que ainda habitam o local.
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2 respostas para “Crescimento desordenado da Paralela ameaça pulmão verde de Salvador”
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