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O repórter fotográfico do Novo Jornal, Ney Douglas Marques, concluiu neste domingo (24), a jornada solitária em busca de reflexão e paz interior, a pé pela BR 304

O repórter fotográfico do Novo Jornal, Ney Douglas Marques, concluiu neste domingo (24), a jornada solitária em busca de reflexão e paz interior, a pé pela BR 304 ele fez em 10 dias o percurso de 270 Km, de Macaíba até Campo Grande RN.

Familiares recebe o repórter fotográfico, Ney Douglas, em Campo Grande RN.

Familiares recebe o repórter fotográfico, Ney Douglas, em Campo Grande RN. (Foto: Robson de Nenca). 

Momentos de oração com evangélicos, em cima do Pico do Cabugi, em Lajes RN.

Momento de oração com evangélicos, em cima do Pico do Cabugi, em Lajes RN. (Foto: Ney Douglas).

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

O repórter fotográfico do Novo Jornal, Ney Douglas Marques, concluiu neste domingo (24), a jornada solitária em busca de reflexão e paz interior, a pé pela BR 304 que teve inicio dia 14 de maio, partindo de Macaíba até a cidade de Campo Grande (RN),  perfazendo uma distância de 270 Km.

Após percorrer 270 Km em praticamente 10 dias e cumprir a missão com sucesso. Agora   Ney Douglas Marques, terá pela frente  um novo desafio que é montar uma exposição com lugar já definido, o Partage Norte Shopping Natal, e mostrar as imagens colhidas às margens da BR 306 e o cotidiano de Sertanejos simples e trabalhadores como seu Tinga da cidade de  Lajes – RN.

Estrada da Morte

Na BR 304 onde nasce o progresso apenas o barulho dos carros e curiosos que sem entender achavam se tratar de mais uma pessoa que perambulava pelas estradas que pode ser chamada de “Estrada da Morte”. “Não estava no meu projeto Caminhos do Sertão, mais fotografei dezenas de cruzes a beira da estrada. Elas representam pessoas que morreram por imprudência de alguns motoristas. Durante a caminhada fotografei por diversas vezes ultrapassagens proibidas executadas de maneira irresponsável que poderiam resultar em acidente e morte dos evolvidos. Meu objetivo maior foi fotografar as belezas do sertão. Deparei-me com uma seca verde, pastagens floridas como se naqueles lugares não tivessem problema algum com falta d`água  tão importante para o sertanejo. Nunca senti tanta paz na minha vida. Mesmo com a possibilidade de assaltos realizei todo trajeto tranquilo e pude contar com apoio de pessoas amigas que me ligavam prestando solidariedade com palavras de estamínulo” , disse Ney Douglas.

Dificuldades

A estrada era longa e parecia não ter fim. “As retas da estrada são de lascar quando chegava o cansaço preferia nem olhar para o horizonte que muitas vezes parecia não ter fim. Meus pés sofreram bastante como resultado bolhas e unhas encravadas mais continuem firme todo o tempo com fé em Deus e com paz interior me fortaleci diariamente. Quando sai de Natal estava com 74 quilos e cheguei a Campo Grande com 64 quilos significa que cheguei fininho. Bebi cerca de 8 litros de água diária e durante todo o percurso encontrei muitos malucos na estrada assim como eu. Não aconselho ninguém fazer este trajeto a pé, tenho consciência do perigo que corri sobre tudo pelo perigo de assalto e a violência gratuita que estamos vivendo. Foi uma decisão minha e contei com a ajuda de várias pessoas que além do incentivar ajudaram bastante a realização do meu objetivo ”, relata Ney.

Lição de Vida

A viagem e a solidão na estrada serviram para refletir e ver a vida de outra maneira. “A maior lição que tiro desta viagem é saber que existem pessoas que mesmo vivendo no meio do nada, sem saber ler nem escrever, sem perspectivas e ao mesmo tempo cheios de fé. Continuam acreditando em dias melhores, pessoas que se preocupam com você e te ligam todos os dias para saber como você está e mal te conhecem. Na estrada o exemplo de seu Tinga de Lajes, sertanejo guerreiro que sobrevive da agricultura. Pedi um alpendre para descansar, ele ofereceu banho, comida e um lugar digno para dormir e ainda pude compartilhar do seu dia a dia de trabalho, tirei leite de vaca e acompanhei a vacina dos animais. Descobri com as pessoas que me deram abrigo e comida, no meu percurso que, as pessoas menos informadas e sem a chamada educação `analfabetos´são pessoas boas, de coração bom! Quando mais estudamos e se atualizamos, mais ignorantes ficamos. E o processo de evolução está nos levando a degradação, degradação dos valores, conceitos e família.  Aprendi que as respostas para os seus problemas está em você, e que tem que buscá-las e te digo… Que todos que buscarem vão encontrar.  Encontrei todos os dias, estou feliz! Vi o dia nascer, crescer e adormecer… Todos os dias o sol nasce e se põem e no outro dia ele está nascendo de novo. Podemos renascer todos os dias junto com ele e com o coração cheio de esperança num mundo melhor”, finalizou.

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