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Luta Mundial Contra a Aids: Márcia Maia cobra do governo mais ênfase na divulgação.

Luta Mundial Contra a Aids: Márcia Maia cobra do governo mais ênfase na divulgação.

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O Dia Mundial da Luta Contra a AIDS, instituído em 1º de dezembro desde o final dos anos 1980, foi lembrado hoje (2), em sessão solene, na Assembleia Legislativa (ALRN), por iniciativa da deputada Márcia Maia (PSB).

A deputada convidou para a solenidade representantes das secretarias municipal e estadual de Saúde, além de Organizações Não Governamentais (ONGs) e apresentou dados de recentes estudos que revelam o aumento de novos casos entre os jovens.

Segundo estudo feito pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), o número de novos casos de infecção pelo HIV cresceu 11% no Brasil entre 2005 e 2013, quando cerca de 42 mil pessoas contraíram o vírus no país. De acordo com a Unaids, a cada hora, dez novas infecções pelo HIV acontecem na América Latina. Pelo menos um terço dos novos casos da doença ocorre entre jovens de 15 a 24 anos.

Estima-se que, atualmente, 752 mil pessoas vivam com o vírus da Aids no Brasil. Esse número representa quase metade do total de casos na América Latina (1,6 milhão) e cerca de 2% do número de infectados no mundo (35 milhões). O relatório da ONU aponta a queda de 38% dos novos casos da doença no mundo, sendo mais acentuada em crianças: 58%.

RN

Aqui no estado, o número de óbitos em pacientes com Aids passou de 43 casos em 2010 para 1087 em 2013. Um aumento considerável, ocasionado pelo abandono do tratamento da doença. O maior número de mortes está na região Metropolitana, correspondendo a 60% dos casos registrados acumulados.

Dentro deste cenário, em que o Rio Grande do Norte contraria a tendência global, a Unaids sinaliza com o fim da epidemia até 2030, representando o controle da difusão do HIV e do impacto do vírus nas sociedades. “Não temos campanhas educativas locais permanentes e ações do Poder Público para informar as pessoas. É necessário maior ênfase do governo na divulgação sobre a doença, principalmente nos grupos de risco, como alertam os especialistas”, afirmou Márcia Maia.

A deputada disse que além da falta de informação entre os jovens, a discriminação contra grupos – como os homossexuais – faz com que eles demorem a fazer testes e procurar tratamento precocemente. “Muitos jovens de hoje se protegem menos, acham que não precisam de camisinha, até por acreditarem que Aids é uma doença do passado ou de pessoas mais velhas. Eles não viram ídolos morrerem, como os cantores Cazuza ou Renato Russo”, disse.

Representando os grupos que lutam em defesa  dos direitos de travestis e transexuais, Jaqueline Brasil disse que é preciso avançar na luta contra a doença. “A Aids é ainda um grande embate, mas entendemos que tem que avançar. Precisamos também ter um olhar mais específico para essa população”, disse.

Ao final da solenidade, o coral Vozes da Vida, formado por servidores da Secretaria de Saúde do RN, do Hospital Gizelda Trigueiro e usuários do SUS  fizeram uma apresentação no plenário Clóvis Motta.

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