Marca Maxmeio

www.eliasjornalista.com

Postado às 11h07 PlantãoPolítica Nenhum comentário
Mineiro sugere levantar dados sobre impacto pela venda de ativos da Petrobras.

Mineiro sugere levantar dados sobre impacto pela venda de ativos da Petrobras.

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo/eliasjornalista.com

Os impactos sociais, econômicos e no desenvolvimento do Rio Grande do Norte e outros estados onde foi anunciada a venda de ativos da Petrobras foram debatidos na manhã desta segunda-feira (18) em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa. Proposta pelo deputado Fernando Mineiro (PT), teve como tema os desinvestimentos da estatal no RN. O propositor e os participantes lamentaram a ausência de representantes da Petrobras na audiência. O gerente-geral da Petrobras no RN, Tuerte Amaral Rolim, foi convidado e faltou.

“Precisamos levantar dados que nos mostrem o impacto dessas ações de acordo com o PIB do RN. E mais, fazer uma projeção do impacto caso o projeto, com emenda apresentada deputado federal Beto Rosado (DEM), seja aprovado. Precisamos fazer isso para podermos dialogar com a sociedade”, sugeriu o deputado. A proposta de Beto Rosado defende a venda dos campos maduros desativados pela Petrobras para iniciativa privada.

Compondo a mesa, a senadora Fátima Bezerra (PT) cobrou uma postura mais proativa por parte do Governo do Estado e sugeriu a abertura de um debate para criação de proposta eu possa impedir o processo de venda da Petrobras para ser apreciada no Senado. “Esse é um tema extremamente importante e relevante. Talvez um dos mais importantes para o destino do RN atualmente. Passamos por isso em virtude do golpe dramático que o país vive. O desmonte da Petrobras está começando pela região nordeste, mais especificamente pelo nosso estado. E não podemos permitir isso”, disse.

O representante da Federação Única dos Trabalhadores (FUP), Leonardo Urpia, destacou a necessidade do cidadão brasileiro conhecer a importância do petróleo. “É um recurso estratégico. Um percentual de 93% de tudo que se move na terra é a base de petróleo. É o bem energético de maior importância da atualidade e vai permanecer como a maior fonte de energia do mundo por um bom tempo”, disse.

Para o presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras, Ricardo Pinheiro Ribeiro, o RN é um dos estados mais afetados na área de produção. “Essa discussão precisa ser levada para todos os estados do nordeste. A justificativa de vender os ativos da produção para fazer caixa em função da alta dívida não convence. O valor arrecadado não se aproxima em nada da dívida, mas o impacto é muito grande. Principalmente para as populações que orbitam o setor do petróleo. São muitas cidades que tem um nível de emprego muito dependente de recurso”, chamou a atenção.

José Antônio Araújo, presidente do Sindipetro no RN, sugeriu a inserção da Petrobras em um projeto de desenvolvimento nacional que ajude a combater as desigualdades regionais. “E o RN tem função muito importante nesse trabalho. É uma pena que não tenha ninguém do Governo do Estado aqui”, lamentou.

Os vereadores George Câmara (PCdoB), Hugo Manso (PT) e Marcos Antônio (PSOL), juntamente de representantes do setor petroleiro dos estados da Bahia, Espírito Santo, Ceará, Alagoas e Rio Grande do Norte participaram e contribuíram com o debate promovido na Assembleia Legislativa.

A motivação para realização da audiência é a preocupação com o impacto da venda de ativos da Petrobras na economia do Rio Grande do Norte. A companhia confirmou que vai “readequar a frota de sondas” no Estado, segundo informou na imprensa.

Em março, a empresa havia anunciado a venda de 38 campos terrestres em operação, que representam 23% de toda a produção potiguar em terra, equivalente a 15 mil barris/dia. A operação está prevista para ocorrer até o final de setembro deste ano.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *