Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com
Mais de 86% das indenizações pagas no Rio Grande do Norte pelo Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), de janeiro a maio de 2018, envolveram acidente de motocicletas e ciclomotores – aquelas que não ultrapassam 50 cilindradas. Os dados são da seguradora Líder, responsável nacionalmente pela administração do seguro obrigatório, pago todo ano por proprietários de veículos.
Vítimas de acidentes de trânsito, sejam condutores, passageiros ou pedestres têm direito à indenização em caso de morte (familiares recebem) e invalidez, além de reembolso das despesas médicas e hospitalares. De janeiro a maio deste ano, foram pagos 3.076 seguros no estado, sendo que, desse total, 2.563 envolveram acidentes de motos e 89 de motonetas. Os casos envolvendo carros, foram 348.
Na maior parte, em 73% dos casos, as vítimas ficaram inválidas temporariamente. É o caso do motoentregador Thiago Souza Medeiros, de 32 anos, que em uma década de profissão, sofreu um acidente pela primeira vez em novembro do ano passado, na Zona Norte de Natal. Desde então, não pode trabalhar.
“Foi uma colisão com outra moto, eu errei num momento de distração. Rompeu os ligamentos do joelho e até agora não consegui fazer cirurgia, porque estou com algumas taxas alteradas”, conta.
Após fazer uma pesquisa na internet, ele resolveu reunir os boletins de ocorrência, de trânsito e hospitalares para dar entrada no pedido para receber o DPVAT. Somente na cooperativa em que Thiago trabalha, há cinco motociclistas afastados, aguardando recuperação de acidentes. Todos, com a excessão dele, tiveram fraturas em pelo menos um osso.
Esse é outro número que chama a atenção. A maior parte das vítimas de acidentes são jovens e adultos que estão em idade produtiva. A faxia etária com maior número de idenizados é a que compreende pessoas entre 25 e 34 anos de idade. Enquanto, a partir dos 18 anos, a maior parte dos assegurados são motoristas, na faixa a partir dos 65 anos, a maior parte das vítimas são pedestres, ou seja, pessoas que sofreram algum tipo de atropelamento.
Apesar de uma redução no número de pagamento de DPVAT no estado, desde 2014, o percentual de acidentes envolvendo motocicletas segue parecido. Ao longo de 2017, eles representaram 86% do total; em 2014, 2015 e 2016, foram 88%.
Fonte G1RN
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