Redação/Portal de Notícias e fotojornalismo/eliasjornalista.com
A Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Natal realizou uma visita ao Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) responsável por atender a região metropolitana de Natal e encontrou 14 ambulâncias paradas aguardando pequenos reparos.
O vereador Fernando Lucena, presidente da Comissão, destacou que o maior problema é saber que, enquanto as ambulâncias precisam apenas de consertos simples para voltar a circular, o Estado possui um contrato de locação de 14 ambulâncias vigente.
“Encontramos aqui um cemitério como todos os outros. São 14 ambulâncias seminovas sem rodar e, ao mesmo tempo que você não tem essas ambulâncias rodando, o Estado aluga outras 14. Isso mostra que o problema da saúde não é dinheiro. É o desmando e a má administração. Não é possível se ter ambulâncias paradas e terceirizar por uma fortuna. O dinheiro é do povo. O povo é que precisa saber onde o seu dinheiro está sendo investido. Sempre tenho dito: a terceirização é a mãe da corrupção”, disse o parlamentar.
O vereador Franklin Capistrano, que também integra a Comissão e que participou da visita, destacou que todos os materiais encontrados nas duas visitas serão pauta de uma audiência com os secretários de saúde tanto do Estado, quanto do Município. Em junho, o mesmo grupo de trabalho da Câmara encontrou um cemitério de ambulâncias de Natal com, pelo menos, 15 veículos sem condições de voltar a circular. Todos abandonados em um galpão.
“Não houve um motivo claro para explicar o porquê dessas ambulâncias estarem paradas. Eu acredito que tenha até sido a burocracia, mas o fato é que 14 ambulâncias paradas sem funcionar já é algo desproporcional. Ficou claro que o problema não é dinheiro. É gestão. Por isso a Comissão vai se organizar para cobrar os esclarecimentos”, adiantou.
A Comissão de Saúde está montando um relatório que será entregue aos órgãos de controle como Tribunal de Contas da União (TCE) e do Estado (TCE) e aos órgãos de investigação como Ministério Público Federal (MPF) e do Rio Grande do Norte (MPRN) para que as medidas cabíveis sejam tomadas pelos respectivos órgãos.
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