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Alunos da E. M. Arnaldo Monteiro visitam Ceará Mirim. (Foto: Adrovando Claro).

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

As turmas de 4º anos A e B da E. M. Arnaldo Monteiro conheceram um pouco da história do município de Ceará Mirim dentro do projeto “Meu Estado, Meu Ambiente”, durante todo o dia do ultimo sábado(11). Conhecida como a “terra dos verdes canaviais”, Ceará-Mirim tem uma rica história de cultura e tradição deixada pelos inúmeros engenhos que remontam os tempos de ouro da cana-de-açúcar no séc. XIX. 32 alunos participaram da aula passeio, realizando caminhadas pelo centro da cidade, conhecendo as ruas com casarios históricos e os principais engenhos do lugar.

O guia e pedagogo Francisco Ferreira, que fez a apresentação do município interpretando Manoel Varella do Nascimento, o Barão de Ceará-Mirim, incorporado o personagem e o primeiro barão da época no Rio Grande do Norte, iniciou a aula com curiosidades do período colonial. O ponto de partida foi na igreja matriz Nossa Senhora da Conceição citando um histórico da cidade que foi fundada em 1643 e era conhecida como a terra do papagaio mirim, já possuindo mais de 150 engenhos na produção canavieira. Na igreja ainda conheceram a história dos santos Mártires de Uruaçu e Cunhaú, padroeiros do Estado e em seguida foram ver de perto os casarios da rua Heráclito Vilar. Após conhecerem detalhes dos casarios, os alunos seguiram à feira popular e ao mercado público em torno da praça Onofre José Soares onde também está localizado o sobrado dos Antures, sede atual da prefeitura de Ceara-Mirim. Finalizaram o roteiro no percurso dos engenhos Mucuripe, Imburanas, Trigueiro, Verde Nasce, Carnaubais e Vale Verde. No engenho Mucuripe, os alunos conheceram as instalações, maquinários e todo o processo de fabricação da rapadura a partir de uma moenda antiga de cana de açúcar, importada da Inglaterra.

Klezia Valentim, professora do 4º ano A do turno matutino, disse que a aula de campo foi combinada dentro do tema que a turma vem estudando que é conhecer um pouco da história do Estado do Rio Grande do Norte e a parte ambiental. “E aqui em Ceará Mirim onde começou a desenvolver economicamente o nosso Estado, então, essa aula comporta um pouco de tudo: do meio ambiente e da história de fundação do nosso Estado. A criança precisa também vivenciar esse momento que a teoria de sala de aula vai conduzir ao seu meio social. É exatamente para ela concretizar e conseguir aprender o conteúdo didático por completo”, explicou Klezia Valetim.

A professora do 4º ano B do turno vespertino, Gleide de França Vieira, enfatizou que a aula foi voltada para questões da história e geografia porque é o foco principal trabalhado nos biomas e na questão da Mata Atlântica no Estado. “ A aula explica o porquê de hoje nós temos tão pouco a representação da Mata Atlântica, principalmente, por causa do desmatamento. Também a questão social como no passado do Rio Grande do Norte, teve esse episódio tão negro na história que foi o período da escravidão ainda alcançando o trabalho nos engenhos de Ceará-Mirim. Então essas questões elas entram na sala de aula como um debate para que nós possamos refletir sobre essa situação”, disse Gleide Vieira.

A aluna Maria Helena Fidelis da Rocha, do 4º ano A, disse que gostou do passeio por ter conhecido uma das maiores igrejas do Rio Grande do Norte e também apreciou muito o percurso na feira que tinha vários produtos como frutas, roupas e utilidades domesticas. Já a aluna Maria Flor Silva Alves, do 4º ano A, comentou que não sabia que a feira de Ceará Mirim no período colonial vendia escravos. E gostou bastante da visita ao engenho Mucuripe onde provou a garapa de cana-de-açúcar.

Em sala de aula, o projeto vai apresentar os relatos dos alunos com a vivência junto ao conteúdo avaliativo e a experiência das aulas passeios. Os alunos vão repassar todos esses conhecimentos para toda a escola num momento semanal de acolhida.

Fotos: Adrovando Claro

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