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O mar sempre desafiou a mente e a imaginação dos homens e continua sendo a última fronteira da terra até os dias atuais” (O MAR QUE NOS CERCA – Rachel Carson)

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

Os oceanos, palco de ousadas epopeias, onde marinheiros cruzavam o lar de seres míticos, viu ao longo dos séculos, os avanços tecnológicos levarem a sociedade a novos limites geográficos, culturais e econômicos.

Viagens ao desconhecido foram substituídas por navegações precisas em cartas náuticas produzidas por modernos processos de batimetria tridimensional. A navegação, antes baseada nos astros e estrelas, foi complementada por radares, redes de satélites e equipamentos que permitem a troca de informações, entre diversos navios e sistemas de segurança da navegação.

Acompanhamento climático, pesquisas de modelagem atmosférica e avanços computacionais, permitiram aprimorar o entendimento das interações atmosféricas e prever tempestades e furacões. Esses avanços tornaram a navegação mais segura, e a principal via de intercâmbio mercantil do mundo.

Os oceanos sempre foram um dos maiores recursos naturais da humanidade. No passado, inicialmente, como fonte de alimentos, transporte e defesa; mais recentemente, também pelo turismo, petróleo e gás, e cada vez mais, pela biotecnologia “azul”, robótica, minérios do subsolo marítimo, energia renováveis e comunicação de dados por fibras óticas submersas.

Responsáveis pela maior parte da absorção do dióxido de carbono produzido, são essenciais para a sobrevivência dos seres humanos, reduzindo os impactos das alterações climáticas.

Em 1992, considerando o protagonismo dos oceanos, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, Rio 92, foi estabelecido “O Dia Mundial dos Oceanos”. Comemorado em 8 de junho, visa, principalmente, a conscientização sobre a importância deles e o impacto que exercem sobre o Planeta. Este ano, o tema escolhido para celebrar essa data foi: “Prevenir a poluição plástica e encorajar soluções para um oceano saudável”.

Nesse contexto, em dezembro de 2017, a Organização das Nações Unidas, por meio da UNESCO, estabeleceu o período de 2021 a 2030 como a década para o desenvolvimento sustentável da Ciência nos Oceanos, com o intuito de incrementar a coordenação e cooperação em pesquisas e programas científicos para o melhor gerenciamento dos mares e zonas costeiras, reduzindo os riscos das atividades marítimas.

O “Dia Nacional da Amazônia Azul”, instituido pela Lei nº 13.187, de 11 de novembro de 2015, mesmo dia que entrou em vigor a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, é a homenagem da nação brasileira ao mar que nos pertence: A Amazônia Azul.

A Marinha do Brasil, por meio de estudos geopolíticos voltados para o mar, a “Oceanopolítica”, visa a conscientizar os brasileiros sobre a importância política, estratégica e econômica do nosso território marítimo.

Assim, a Amazônia Azul, representa um conceito político-estratégico que insere definitivamente os espaços oceânicos e ribeirinhos nos destinos do Brasil, orientando o desenvolvimento nacional, na medida que vai ao encontro dos anseios de prosperidade da nossa sociedade, destacando o verde e amarelo na vanguarda da preservação e uso sustentável dos mares e rios.

Ademais, evidencia a nossa vocação marítima, confirmada pelos fatos históricos que nos associam ao mar e aos rios. Por eles o Brasil foi descoberto, teve sua independência consolidada e fronteiras fixadas, garantindo integridade territorial continental. É a conscientização da necessidade de defesa das agressões à Soberania Nacional.

A Marinha do Brasil, cuidando dos 4,5 milhões de km² que compõem as Águas Jurisdicionais Brasileiras, investe na modernização e qualificação do Poder Naval. Esse esforço pode ser exemplificado no Programa de Desenvolvimento de Submarinos, no Programa Nuclear da Marinha e no Programa de Construção das Corvetas Classe Tamandaré, além da aquisição de novos meios Navais, Aeronavais e de Fuzileiros Navais, ratificados com as recentes incorporações dos Navios de Apoio Oceânico da Classe Mearim, e do nosso Capitânia, o Porta-Helicópteros Multipropósito Atlântico. Novos meios que serão nossos olhos salvaguardando 95% do comércio exterior brasileiro, 91% da extração de petróleo e 73% do gás natural, nossos ativos nacionais vitais.

Protegendo nossas riquezas, cuidando da nossa gente!

Para saber mais sobre a nossa “Amazônia Azul”, acesse:  https://www.marinha.mil.br/amazonia-azul

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