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O Governo do Estado e cinco entidades sem fins lucrativos – Núcleo Sertão Verde, Seapac, Diaconia, ATOS e CEEAD – assinaram os contratos para a construção de 1.796 cisternas em 47 municípios. O investimento de R$ 13 milhões, em parceria com o Governo Federal, beneficia mais de 8,9 mil moradores das regiões Seridó, Alto Oeste, Costa Branca, Trairi, Potengi, Agreste e Central.
A verba para a construção das cisternas estava bloqueada por uma liminar judicial. A governadora Fátima Bezerra acionou a Procuradoria Geral do Estado (PGE) no fim de abril, após reunião com as instituições selecionadas para executar as obras, para atuar no caso o mais rápido possível e garantir o benefício para as famílias da zona rural.
“Esse convênio estava cancelado e com muito empenho conseguimos recuperá-lo. Com a participação das entidades envolvidas, em conjunto com a PGE, garantimos esse investimento para o povo potiguar, que representa mais respeito, mais cidadania. Uma pena que tenha demorado tanto, pois se as cisternas já estivessem prontas, a água dessas chuvas recentes seria aproveitada”, afirmou a governadora do RN.
A ação atende famílias de baixa renda que vivem com dificuldade de acesso à água no semiárido potiguar, seja pela intermitência no abastecimento ou pela quantidade insuficiente para atender as necessidades básicas. As 1.796 cisternas são divididas em dois tipos, sendo 1.176 de primeira água, voltada para a captação e armazenamento de água da chuva para consumo humano. As outras 620 cisternas são de segunda água, destinada à produção agropecuária. A expectativa é de que as obras sejam iniciadas até o fim de maio.
A execução do convênio é coordenada pela Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas). De acordo com a secretária Íris Oliveira, titular da pasta, o investimento é destinado a um projeto testado e bem sucedido. “A construção dessas cisternas representa um ganho enorme para os moradores da zona rural, pois é uma das ações mais bem sucedidas na convivência com a seca. Sempre é bom lembrar que a água é um item essencial na segurança alimentar e que no semiárido nordestino ganha um valor fundamental”, completou a secretária.
Para o coordenador do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (Seapac), um dos órgãos responsáveis pela construção das cisternas, o investimento é um grande passo para os moradores da zona rural. “Essa assinatura representa água de qualidade para quem vive no campo, tanto na questão do consumo humano como o abastecimento animal e também a criação dos quintais produtivos para a produção agrícola”, explicou Francisco Teixeira.
As cisternas serão construídas nos municípios de Alexandria, Marcelino Vieira, São Miguel, Tenente Ananias, Serrinha dos Pintos, Almino Afonso, Antônio Martins, Francisco Dantas, João Dias, Luís Gomes, Patu, Paraná, Pilões, Rafael Fernandes, Frutuoso Gomes, Martins, Lucrécia, Venha Ver, São Francisco do Oeste, Guamaré, Angicos, Fernando Pedrosa, Caiçara do Rio dos Ventos, Lajes, Macau, Pedro Avelino, Galinhos, Pedra Preta, Afonso Bezerra, Jardim de Angicos, Alto do Rodrigues, Pendências, Ipanguaçu, Equador, Jardim do Seridó, Santana do Matos, São Fernando, Santa Cruz, São José do Campestre, Serra Caiada, Serra de São Bento, Tangará, São Bento do Trairi, Riachuelo, São Paulo do Potengi, São Tomé, Rui Barbosa.
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