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Governo do RN instala Câmara Setorial da Mineração. (Foto: Demis Roussos).

Redação/Portal de Notícias e fotojornalismo/eliasjornalista.com

Com o propósito de manter o diálogo constante com as cadeias produtivas, a governadora Fátima Bezerra e o secretário do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Jaime Calado, instalaram hoje a Câmara Setorial da Mineração. A solenidade, que também foi a primeira reunião do grupo, foi realizada na Sedec e contou com a participação de representantes de universidades públicas, empresários e profissionais do segmento de mineração.

Quarta câmara setorial instalada neste governo (Indústria, Comércio e Serviços e Pesca e Aquicultura), trata-se de um fórum permanente de discussão entre entidades públicas e privadas deste importante setor da economia, que apesar do volume considerável de negócios gerados, ainda há bastante potencial a ser explorado. “Temos esse jeito de governar, que é através do diálogo. Aposto mais uma vez nas ideias da nossa equipe do Desenvolvimento Econômico, agora para fomentar o setor da mineração e gerar mais empregos para o nosso povo”, disse a governadora.

O secretário Jaime Calado declarou que o Estado produz bastante ferro, entre outros tipos de minério, principalmente na região do Seridó, e aponta que algumas das melhorias para o setor seria a instalação de ferrovias, para baratear os custos de transporte. “Esperamos com essa Câmara preencher as lacunas que faltam para compreendermos melhor o segmento”, afirmou.

Segundo dados do Serviço Geológico do Brasil, antiga CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), a participação do setor de rochas ornamentais na balança comercial brasileira em 2018 foi de 0,39%, ou em números absolutos, 670 milhões de dólares para uma produção de 1,52 milhões de toneladas.

No ano anterior, esse faturamento foi de 1,11 bilhões de dólares para uma produção de 2,36 milhões de toneladas. No RN, em 2017, este segmento do setor de minérios teve um faturamento de R$ 10,4 milhões de dólares para uma exportação de 22,1 mil toneladas (quinto maior exportador, atrás de Espírito Santo; Minas Gerais; Ceará e Bahia).

O geólogo Eugênio Parcelle, presente à reunião representando a Associação dos Geólogos do Brasil, regional potiguar, apontou alguns fatores que podem estar relacionados à queda do faturamento no setor de rochas ornamentais de um modo geral. No mercado internacional, houve um crescimento significativo da fatia de mercado dos materiais rochosos artificiais e dos porcelanatos de grandes formatos, em relação aos materiais rochosos naturais de revestimento.

Quanto ao mercado nacional, houve um desaquecimento do setor imobiliário da construção civil devido à pequena taxa de novos lançamentos de edificações residenciais e comerciais, inclusive shopping centers, hotéis. “Há também o fato de que os empresários estão com dificuldades em encontrar novas jazidas pela falta de instrumentos como Mapas de Potencialidades, por exemplo”, disse.

Além dos empresários do segmento, como Airton Torres, da indústria salineira, participaram também representantes de instituições financeiras como Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal e AGN, que é a agencia estadual fomento. A segunda reunião da Câmara Setorial da Mineração foi marcada para dia 11 de outubro.

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