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Samu 192 discute implantação da Lei Lucas nas escolas do RN.

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

O pequeno Lucas Begalli faleceu aos 10 anos de idade após se engasgar com um pedaço de salsicha durante um passeio escolar. O caso foi uma fatalidade, mas sua vida teria sido salva se na escola particular em Campinas (SP) houvesse alguém com conhecimentos básicos de primeiros socorros para socorrer a criança enquanto o serviço médico não chegasse ao local. A tragédia levou a família a idealizar e coordenar um movimento que resultou na Lei Federal nº 3.722, também conhecida como Lei Lucas, que tem o objetivo de evitar mortes como a de seu filho, levando às escolas o conhecimento de técnicas de atenção imediata que auxiliam no socorro e fazem a diferença entre a vida e a morte de uma criança ou jovem acidentado.

A aplicação da Lei Lucas no RN foi o tema de audiência pública, nesta quinta-feira(15), promovida pela Assembleia Legislativa, por proposição do deputado Hermano Morais. Durante a audiência, a coordenadora adjunta do Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Samu, Patrícia Meireles, apresentou a Lei Federal e falou sobre a importância da prevenção de acidentes com crianças no ambiente escolar. Até o final do mês de setembro, o Samu 192-RN pretende apresentar um projeto para aplicação da Lei Lucas nas escolas do Rio Grande do Norte.

“O projeto vai recomendar às escolas de ensino infantil e básico, tanto públicas quanto privadas, além de estabelecimentos de recreação e lazer, a capacitarem professores e funcionários de escolas, habilitando-os a prestar os primeiros-socorros em crianças. O treinamento vai orientar quanto à montagem e uso de kits de primeiros socorros,  além de instruir os profissionais quanto ao acionamento do socorro especializado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência”, explica Patrícia, esclarecendo que qualquer adulto, desde que treinado, é capaz de aplicar a manobra de Heimlich, conhecida como manobra ou abraço do desengasgo.

No ano de 2016, cerca de 2.300 crianças de zero a 14 anos faleceram por causa da falta de pessoas habilitadas a prestar os primeiros socorros, mais de 800 delas foram por sufocamento, como o caso que aconteceu com Lucas.

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