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Nós três, LGBTs na MPB.

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

Um show acústico com três artistas LGBTs da cidade do Natal, tendo a frente a intérprete Jaina Elne, o jovem cantor Júnior Santos e a instrumentista Sílvia Marinho, juntos na construção e interpretação de um repertório com um breve recorte de representações LGBTs que permeiam a música popular brasileira, para discutir como a música até hoje tem um papel fundamental na formação de identidades coletivas.

A proposta foi aprovada através do edital da Prefeitura do Natal para apoio financeiro do Festival de Arte e Cultura LGBTQI+ ano de 2019, que acontece no Museu Djalma Maranhão na Ribeira, a partir das 16h. Antes, a partir das 14h acontece uma roda de conversa sobre temas LGBTQI+.

”A música sempre foi um produto de consumo que, individualmente, atinge a subjetividade de quem a escuta, e, coletivamente, tem um efeito unificador. A música une as pessoas.

Para a questão LGBT, há um fator de coletividade muito importante, pois na canção surge um espaço de possibilidade de existência coletiva.

Por considerar que os artistas são, de certa forma, artesãos da trama simbólica da nossa cultura. As artes têm pouco a pouco transformado valores, significados e posições. A música tem uma especificidade: ela toca mentes, corações e corpos.

Então quando a questão LGBT está na canção ela consegue chegar às pessoas de uma forma muito complexa, alcançando até mesmo a subjetividade através de nuances que muitas vezes escapam à compreensão racional e o enxergar o consumo da canção nos processos de formação de identidades coletivas e individuais LGBT.

O Brasil é um dos países em que mais se matam pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) no mundo. De acordo com a Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça e Cidadania, 44% de todas as mortes decorrentes de homofobia no mundo em 2012 ocorreram no Brasil.

Por conta de seu papel influenciador, a música tem sido utilizada como uma importante ferramenta de persuasão para atenuar este cenário. Apesar disso, a representatividade LGBT na música brasileira não é algo tão recente, que pode ser notado fortemente já a partir da década de 70.”

”A questão LGBT na música estará cada vez mais presente. Hoje, para além do seu caráter artístico, a canção LGBT tem sido um gesto político frente ao retrocesso que se anuncia e que já dá sinais.

Além disso, mais e mais ela questionará as fronteiras entre identidades e as expressões da sexualidade, pois esse é o caminho apontado pelo Queer.

Por fim, a questão LGBT vai alcançando “guetos musicais” outrora machistas e homofóbicos, como o rap e o funk.”

A música até hoje tem um papel fundamental na formação de identidades coletivas. O projeto ao ser selecionado fortalecerá esse papel em nossa cidade. Vamos cantar essa música.

Serviço:

Show acústico NÓS TRÊS, LGBT’s NA MPB

(com Jaina Elne, Júnior Santos e Sílvia Marinho)

Gratuito

Quarta-feira (11 de Dezembro) às 16h

Museu Djalma Maranhão na Ribeira

(Projeto aprovado através do edital da Prefeitura do Natal para apoio financeiro do Festival de Arte e Cultura LGBTQI+ ano de 2019)

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