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Presença das mulheres no mercado musical cresce mas ainda é menor que a dos homens.

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

Apesar de já ser possível perceber um crescimento nos últimos anos, a presença feminina no mercado brasileiro da música ainda é bastante inferior à masculina. É o que aponta um levantamento do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), que tem um dos maiores bancos de dados da América Latina.
A análise feita considera os rendimentos destinados às mulheres nos últimos cinco anos em diferentes segmentos de execução pública, como shows, rádio, música ao vivo, TV e streaming. Em 2015, o Ecad distribuiu R$ 26,1 milhões em direitos autorais para mulheres que atuam como compositoras, intérpretes, instrumentistas e editoras no país. Em 2019, esse valor saltou para R$ 32,8 milhões, um aumento de 25,6%. Pesquisando somente os valores destinados às compositoras, esse número cresce de R$ 17,6 milhões, em 2015, para R$ 21,7 milhões em 2019, uma alta de 24,1%.
Embora venham crescendo, esses valores ainda são muito baixos se comparados aos destinados aos homens – representam somente 8% do total distribuído para todas as músicas nacionais cadastradas.
Apesar disso, elas vêm avançando e ganhando espaço no mercado musical. Em 2015, 15,2% dos cadastros feitos no banco de dados do Ecad eram de mulheres. Em 2019, os novos cadastros femininos já responderam por 17,6% do total do ano passado.
Outra curiosidade é em relação à presença feminina nos títulos de obras musicais que constam no banco de dados do Ecad. Do total de quase 2 milhões de músicas brasileiras cadastradas, a palavra “mulher” está no título de 13 mil delas. Já o pronome “ela” aparece em quase 10 mil títulos, enquanto uma pesquisa pela palavra “linda” apontou sua presença em mais de 4 mil músicas.
“Ter conhecimento do mercado é fundamental para que possamos modificar esse cenário. Eu sou uma mulher, que atualmente trabalha com música, e consigo perceber o quanto a participação feminina pode contribuir para o crescimento da economia criativa. Espero que esses dados possam mudar em breve e que a mulher conquiste cada vez mais o seu espaço”, explica a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim.

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