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A hostilidade dos apoiadores de Bolsonaro coloca em risco os jornalistas (Rafaela Felicciano/Metrópoles)

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

O Grupo Globo, o jornal Folha de S.Paulo, a Band e outras empresas de comunicação do país decidiram não enviar mais jornalistas para cobrir o Palácio da Alvorada por conta da falta de segurança no local. Os profissionais apontam que os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) têm feito insultos cada vez mais agressivos.

Jornalistas e apoiadores são separados por uma grade baixa e uma fita de isolamento. No entanto, os profissionais de imprensa têm relatado que o grupo bolsonarista não respeita o espaço e os seguranças da Alvorada não tomam nenhuma medida para conter os manifestantes.

Segundo o Grupo Globo, o vice-presidente de Relações Institucionais da empresa, Paulo Tonet Camargo, enviou uma carta ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, informando a decisão do grupo de não cobrir mais os pronunciamentos de Bolsonaro no Alvorada.

“Os jornalistas do Grupo Globo encontrarão maneiras seguras de apurar e relatar o que se passa ali, sem prejuízo do público”, diz a nota do Grupo Globo.

A Folha também entrou em contato com o ministro Augusto Heleno. De acordo com o jornal, a empresa questionou o GSI sobre as agressões verbais sofrida pelos jornalistas na segunda-feira (25), mas até o momento da publicação da reportagem não obteve retorno.

O Grupo Globo e a Folha desistiram de mandar seus repórteres para a saída do Palácio da Alvorada. O motivo é a falta de segurança para os profissionais das empresas que ficam no local à espera do presidente Jair Bolsonaro.

Nessa segunda-feira (25), os jornalistas foram alvo de mais uma série de agressões verbais, que, em alguns casos, já evoluíram para agressões físicas. Pouco antes das agressões nessa segunda, o presidente passou pelo local e declarou: “No dia que vocês tiverem compromisso com a verdade, eu falo com vocês de novo”.

A declaração foi celebrada pelos apoiadores, que gritaram: “Isso aí”.

“O jornal pretende retomar a cobertura no local somente depois das garantias de segurança aos profissionais por parte do Palácio do Planalto”, diz a Folha.

Segundo o colunista Mauricio Stycer, do Uol, a Band informou que “também está retirando seus profissionais da cobertura da porta do Palácio da Alvorada a partir de amanhã (terça-feira).”

Também por conta da falta de segurança, o site Metrópoles, de Brasília, anunciou a suspensão da cobertura. “A suspensão perdurará enquanto o clima de hostilidade continuar e não houver condições para que os profissionais de imprensa possam trabalhar em segurança”, informou.

Procuradas pelo Uol, o SBT informou que ainda não tem uma posição a respeito. A Record disse que seguirá cobrindo. A CNN Brasil não respondeu.

Em nota, a ABI (Associação Brasileira de Imprensa) elogiou a decisão das empresas que suspenderam a cobertura no Alvorada. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal e a Federação Nacional dos Jornalistas cobraram ações de proteção aos profissionais por parte do GSI e da Secom.

Fonte: Terra Notícias/Isto É

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