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Com ocupação de UTIs acima de 80%, ampliação da retomada da economia é adiada. (Foto: Demis Roussos).

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

O fato da taxa de ocupação de leitos críticos não ter atingido 80% levou a governadora Fátima Bezerra a anunciar hoje, 07, o adiamento da segunda fração da primeira fase do Plano de Retomada Gradual da Economia iniciado na última quarta-feira, dia 1º. A segunda fração estava prevista para iniciar amanhã, dia 8, com o funcionamento de lojas com área de até 600m² com porta para a rua e serviços de alimentação com área de até 300m² respeitando o distanciamento social e as medidas protetivas e de higiene. Os estabelecimentos e serviços autorizados a funcionarem na primeira fração podem permanecer abertos – lojas com até 300m² de área e com porta para a rua, serviços de comunicação, publicidade, design, salão de beleza e barbearias.

“Tomamos a decisão pela retomada gradual com base na ciência e orientados pelo Comitê Científico de especialistas que assessora o Estado. Estes critérios são a taxa de transmissibilidade abaixo de 1 e a taxa de ocupação de leitos críticos abaixo de 80%. Atingimos e mantemos o primeiro, mas o segundo ainda não foi possível, por isso o adiamento da segunda fração”, justificou a governadora.

A alta ocupação de leitos de UTIs e semi-utis persiste mesmo diante do fato de nos últimos 15 dias a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) ter aberto mais 72 leitos. Fátima Bezerra lembrou que em toda a história do Rio Grande do Norte a rede pública de saúde instalou 380 leitos. “Agora, neste momento da pandemia, nosso governo instalou mais de 250 leitos críticos. Mesmo diante das enormes dificuldades financeiras e de fornecimento de insumos, equipamentos e pessoal, conseguimos estes leitos que ficarão como legado para a sociedade, porque eles não serão desativados e irão fortalecer a nossa rede pública de saúde”, afirmou a governadora.

Ela frisou que o desejo é para que as atividades sejam retomadas o mais breve possível, mas isso deve acontecer com segurança e preservando vidas. “Temos que ter um ambiente de segurança dos dados sanitários. O momento ainda requer muito cuidado e exige os cumprimentos das medidas restritivas e de higiene que continuam em vigor”, destacou a chefe do Executivo estadual.

MUNICÍPIOS

Fátima Bezerra reforçou a importância dos municípios e dos prefeitos para a superação da pandemia: “O Estado conta com os municípios e seus gestores. Eles devem seguir e fazer cumprir as recomendações do decreto em nome da saúde dos munícipes. O Pacto pela Vida precisa também da adesão e apoio dos prefeitos e de cada um de nós.”

A governadora ainda destacou a produção de 7 milhões de máscaras, dentro do Programa RN Mais Protegido, em parceria com indústria têxtil. “O programa garantiu empregos nas oficinas de confecção no interior. Já foram entregues 3 milhões de unidades e agora vamos entregar mais 2,2 milhões. Usar a máscara é imprescindível como fator de proteção à saúde.”

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato, acrescentou que, por orientação da governadora, o Estado criou o maior programa de distribuição de máscaras do país. “Numa relação direta serão duas para cada cidadão norte-rio-grandense, já que serão 7 milhões de máscara e a população do Estado corresponde a um pouco menos de 3,5 milhões de pessoas”, explicou Torquato.  O Programa RN Mais Protegido é uma parceria com a Confecções Guararapes, Vicunha, Nortex e Coteminas que doaram material e mão de obra.

DADOS

Os dados epidemiológicos da Sesap registraram na manhã desta terça-feira, 07, 702 pessoas internadas, sendo 370 leitos críticos de UTI e semi-uti nas redes de hospitais públicos, privados e filantrópica.

A taxa de ocupação de leitos nas regiões Oeste e Mato Grande é de 100%, 96% na região Metropolitana de Natal, 66,7% em Pau dos Ferros, 69% no Seridó. São 35.809 casos confirmados, 48.921 suspeitos, 56.301 descartados, 1.289 óbitos, 171 óbitos em investigação.

O secretário adjunto da Sesap, Petrônio Spinelli, voltou a registrar que a pressão por leitos de UTI tem relação direta com o isolamento social, as medidas protetivas e o uso de máscara. “O comportamento social de hoje tem reflexo nos próximos 15 dias”, alertou. “Temos avanço no processo de esvaziamento da demanda por UTIs, apesar de ainda estar muito alto. Hoje temos mais leitos disponíveis que pacientes esperando na fila. Temos 17 vagas e 12 pessoas na fila aguardando o transporte sanitário para leitos exclusivos Covid. A metade das pessoas na fila são de Natal e a outra metade das demais regiões do Estado”, concluiu.

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