Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com
A Prefeitura de Natal começou a desativar leitos para pacientes de coronavírus nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPA), segundo afirmou o prefeito Álvaro Dias na manhã desta terça-feira (14). De acordo com ele, o motivo é a diminuição dos casos da Covid-19 na capital potiguar. Apesar disso, o Hospital de Campanha será mantido para atender os casos que surgirem.
“Estamos desativando leitos de coronavírus nas UPAs, no Hospital Municipal. No Hospital de Campanha, hoje, de 100 leitos, devemos ter 50 ocupados e 50 disponíveis para ofertar a quem precisar. E UTIs, de 20, devemos ter 12 ocupadas e o restante disponível. Estamos virando o jogo contra o coronavírus”, afirmou em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi.
Ainda de acordo com o prefeito, o município iria abrir uma estrutura de 30 leitos de hospital-dia no Hospital dos Pescadores, em que os pacientes passam o dia em observação, e voltam para casa à noite. “Diante da redução de casos, voltamos atrás”, pontuou.
Apesar da fala do prefeito, a taxa de ocupação informada pelo sistema do Regula RN – que administra os leitos de UTI para Covid-19 no estado – apontava 100% na ocupação das UTIs no Hospital de Campanha e no Hospital Municipal, durante a manhã.
Nesta terça (14), em um novo decreto, a prefeitura autorizou a segunda fase de reabertura do comércio na capital, que envolve a abertura de academias. “A flexibilização é necessária. As pessoas não aguentam mais ficar em casa e estamos seguindo as orientações do nosso comitê científico”, afirmou o prefeito.
Álvaro Dias declarou, entretanto, que se não houver obediência às regras de distanciamento e prevenção, além do aumento do número de infectados, o município poderá voltar atrás no processo de reabertura.
Até esta segunda-feira (13), a capital potiguar teve 596 óbitos por Covid-19, 15.150 casos confirmados, além de 27.051 casos suspeitos, de acordo com o boletim epidemiológico do estado.
Durante a entrevista, o prefeito ainda defendeu que a redução dos casos de Covid-19 estaria relacionada ao uso de medicamentos como ivermectina, que não tiveram efeito comprovado cientificamente contra a doença, mas que foram incluídos no protocolo do município. Questionado sobre o uso de medicamentos sem a devida comprovação, ele argumentou que já houve teste in vitro, que são parte do teste.
“Existem estudos in vitro, mas se funciona in vitro deve funcionar em vivos também. E ai os dados estatísticos comprovam isso. Essa diminuição de casos, esse esvaziamento dos leitos na cidade de Natal, por coronavírus é o quê? É o uso da ivermectina, é o tratamento precoce que estamos fazendo adotando hidroxicloroquina, azitromicina, utilizando corticoide, os medicamentos do protocolo aprovado pelo Conselho Regional de Medicina”, defendeu.
Fonte: G1RN
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