Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN), sob iniciativa do promotor Wendell Beetoven, convocou membros do Movimento Policiais Antifascismo RN a prestar depoimentos no CODEPC (Complexo de Delegacias Especializadas), nesta terça-feira, 11 de agosto, a partir das 8h.
Diante deste fato que só atesta a perseguição política e ideológica contra o Movimento Policiais Antifascismo, convocamos a sociedade civil a comparecer ao CODEPC, localizado à Av. Ayrton Senna, 3134 – Neópolis, em Natal.
Venha para a rua e seja consciente: mantenha o distanciamento social e venha protegido com máscaras de proteção e álcool 70%. Dia 11 de Agosto, 8h, no CODEPC, em Natal!
Tudo começou com denúncia de carreatas que pediam fim do isolamento social
Tudo começou com um vídeo publicado no canal Brigada Covid-19, no YouTube, em que o policial civil Pedro Chê apontava os possíveis danos à saúde pública provocados por carreatas favoráveis ao fim do isolamento social (devido à pandemia do novo Coronavírus), que aconteceram em várias cidades no Brasil. No Rio Grande do Norte, elas ocorreram em Natal e Mossoró. Entenda o caso!
Como previa a Brigada, diversos crimes foram registrados, como aglomerações, discursos de ódio, pessoas sem máscaras, desacatos a autoridades, faixas que pediam AI-5 e Ditadura Militar, entre outros absurdos.
Muitos manifestantes vestiam camisas do presidente Jair Bolsonaro ou vestiam camisas verde-amarelas. Muitas bandeiras do Brasil foram utilizadas também.
O promotor Wendell Beetoven, fazendo uso indevido de seu cargo e com nítido tom de perseguição ideológica, passou a perseguir Pedro Chê e outros membros do movimento, acusando-os de paramilitares, milicianos e outros absurdos.
Um dossiê com dados e até endereços de membros e apoiadores do Movimento Policiais Antifascismo foi elaborado pelo MP-RN após a Brigada Covid-19 denunciar carreatas que pediam fim do isolamento social.
É importante destacar que a Brigada é uma ação espontânea que contou com a participação de Pedro Chê e muitas outras pessoas de diversas profissões.
Linha do Tempo: pontos a serem considerados:
1.
Essa iniciativa de investigação partiu do Ministério Público do Rio Grande do Norte na pessoa do promotor Wendell Beetoven, em decorrência de uma denúncia publicada pelo policial civil Pedro Chê no canal da Brigada Covid-19, no YouTube, criado em abril de 2020 para denunciar atitudes anti-isolamento no período de quarentena.
Portanto, o Movimento Policiais Antifascismo é totalmente pró-isolamento social, e nunca o contrário. Essa ação foi fiscalizadora e cidadã com relação à quebra do isolamento social por algumas pessoas.
Fato que se confirmou, inclusive tendo suporte policial promovido por um despacho de Wendell Beetoven. A Carreata de 19 de Abril de 2020 aconteceu em várias cidades do Brasil, sem as devidas preocupações em relação à Pandemia do Coronavírus. Entenda o caso.
2.
Mais de 100 entidades de todo o país entenderam como injustas as acusacões contra Pedro Chê e contra o Movimento Policiais Antifascismo contidas no Dossiê, e assinaram uma nota de apoio. Veja posicionamento do Movimento à época e lista de apoiadores.
Dentre os que assinaram e/ou emitiram notas de apoio contra Wendell Beetoven e a favor do Movimento Policiais Antifascismo do RN, estão Associação Juízes para a Democracia, Ricardo Brisolla Balestreri, ex-secretário nacional de Segurança Pública e Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares no Rio Grande do Norte (RENAP/RN).
O Deputado Federal Glauber Braga gravou vídeo em defesa de Pedro Chê contra Wendell Beetoven
3.
Apesar de termos regulamentos arcaicos que datam do tempo da ditadura, que impedem a filiação partidária de Operadores de Segurança Pública Estadual Militares, a estes são assegurados seus direitos políticos e sua liberdade de pensamento, como direito de cidadania.
Por lei, um militar estadual não pode ter filiação partidária. No entanto, isso não impede de ele ter um posicionamento crítico sobre fatos políticos. É um direito constitucional a liberdade de pensamento.
Os membros do Movimento não fazem uso de suas funções para a atividade política, contudo há um direito assistido a todo cidadão de ter uma filiação partidária e que isso não significa demérito algum.
4.
Fazer referência ao Movimento Policiais Antifascismo como sendo paramiliar ou miliciano é um erro crasso e completa ignorância quanto à história de ação e de formação do movimento, inclusive em suas ideias.
O próprio GAEGO, do MP-RN, menciona no relatório que o Movimento Policiais Antifascismo não tem nenhum tipo de envolvimento com as operações já deflagradas no Estado que investigam atividade de milícia. E jamais encontrarão, pois o Movimento Policiais Antifascismo é anti-milícia.
Quem continua a propagar isso ou age de má fé ou ainda não leu o Manifesto Nacional do Movimento. Tampouco leu a nota do Movimento contra o Terrorismo de Estado.
Somos um movimento anti-miliciano e pedimos por uma polícia que, inclusive, se atenha unicamente às Leis.
5.
A denúncia, que já era de conhecimento do Movimento, ganhou projeção nacional a partir do Portal UOL, na coluna do jornalista Rubens Valente, que primeiro descobriu um dossiê do Ministério da Justiça. O dossiê do Ministério Público surgiu antes desse. Ambos são violadores da Democracia e deveriam ser tratados dentro do mesmo contexto.
Como bem colocou a deputada Natália Bonavides, o pedido de abertura do inquérito do Ministério Público do Rio Grande do Norte contra policiais antifascismo é escrachadamente partidário, com uma linha de acusação alinhada com o pior do bolsonarismo.
“O mesmo mote de perseguição do dossiê feito pelo Ministério da Justiça. Quem criminaliza o ANTIFASCISMO diz mais sobre si do que sobre os perseguidos”, disse Natália Bonavides, deputada federal.
Venha para a rua e ajude o Movimento Policiais Antifascismo!
Defenda a Democracia e a Liberdade de Expressão!
Quando: terça, 11 de agosto, a partir das 8h
Onde: CODEPC (Complexo de Delegacias Especializadas)
Endereço: Av. Ayrton Senna, 3134 – Neópolis, em Natal
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