Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com
Faltando pouco mais de quatro meses para o Natal, os shoppings da cidade já fazem reuniões para pensar num novo formato para a decoração natalina, sem deixar de surpreender e encantar o público. Entre as possibilidades estão colocar uma placa de acrílico entre o Papai Noel e o público; transformar o trono num banco, para que as famílias fiquem numa ponta e o bom velhinho na outra; diminuir o tempo de duração da atração nos centros comerciais, que geralmente é de 45 dias; e suspender os eventos de chegada do personagem, para não criar aglomerações. Para Saymon, as medidas são necessárias neste momento.
— Sou hipertenso, cardiopata e tenho diabetes. É uma nova realidade que precisa ser respeitada como uma forma de proteção para todas as pessoas — afirma Saymon, que já prepara máscaras especiais para a época: — Tenho uma com o rosto do Papai Noel e outra estampada de renas e presentes.
O fundador e diretor da Escola de Papai Noel do Brasil, Limachem Cherem, destaca que quase todos os Papais Noéis do Rio têm mais de 60 anos e comorbidades:
— A pergunta é: como será o Natal? O Papai Noel é um personagem lúdico, que mexe com a imaginação de crianças e adultos. Nossos Bons Velhinhos estão nessa dúvida, desconfiados de que não vão poder assumir o trono. Precisamos pensar nesse “novo” Natal e nas possibilidades que possam existir.
Roberto Carlos da Silva, de 48 anos, lembra que, além dos trabalhos em shoppings e eventos, muitos atores que interpretam o Papai Noel, assim como ele, fazem trabalhos sociais em hospitais, orfanatos e asilos — atividades que também estão ameaçadas. Segundo ele, a indefinição sobre o futuro é o mais preocupante:
— Com a pandemia, fica tudo mais complicado. Essa doença pode ficar até dezembro ou até o ano que vem. Não sabemos se o Papai Noel vai estar com o álcool em gel do lado, de máscara e mantendo distanciamento. Estamos preocupados, pensando em como lidar com o público. Está tudo bem indefinido.
Fonte: Jornal EXTRA
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