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Por Pedro Vitorino
Em tempos de pandemia causada pelo COVID-19, acostumamos com a frase “Não saia de casa, mas se sair vá de máscara”. A população que antes só enxergava as máscaras nos profissionais da saúde, do dia para noite passou a fazer uso desse EPI que se tornou acessório. Com a escassez de insumos, entrou em uso a máscara de tecido e com ela a criatividade do bom e velho brasileiro. São inúmeros modelos a disposição do povo que as usa como se verdadeiras armaduras fossem.
O comércio do Alecrim, que estava em um período de baixa antes da pandemia global, hoje vive um novo boom comercial. Lojas, feirantes, camelôs e até mesmo ambulantes não tem do que reclamar no que se trata de movimento. As ruas nunca estiveram tão cheias e aglomeradas. O poder público faz de conta que fiscaliza e a população faz de conta que está segura com suas “armaduras blindadas” chamadas de máscaras de tecido.
Muitos passam o dia inteiro com uma máscara saturada, colocam-na no queixo ou deixam o nariz de fora, sem contar os que penduram a mesma numa orelha e saem as compras como se fossem uma coisa tranquila e normal. Por outro lado as lojas exibem cartazes com os avisos de “proibido entrar sem máscara” e ainda borrifam álcool nas mãos dos seus clientes como se isso fosse resolver tudo.
Do lado de fora, filas intermináveis e pessoas aglomeradas como uma horda de gafanhotos à espera de sua vez dentro da loja. Idosos, crianças e famílias inteiras se aglomeram nas ruas em busca do que comprar, enquanto os números de infectados pelo COVID-19 vai se somando a cada minuto.
Só me resta a frase: Que D´us tenha piedade de nós.
**Pedro Vitorino é repórter fotográfico e Presidente da Comissão da Imagem do Sindjorn.
Fatídico a realidade! …O ser humano é o ser mais desumano do mundo…