Marca Maxmeio

Postado às 10h08 CulturaDestaque Nenhum comentário

Vídeoclipe experimental “Porto do Madeiro” de Dácio Galvão.

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

A arte do vídeo experimental volta ao rol de produção do escritor, poeta e professor Dácio Galvão, secretário de Cultura de Natal. No recém finalizado videoclipe experimental “Porto do Madeiro”, Dácio comanda uma viagem poética musical com sonoridades no mar da história, em parceria com Cid Campos (composição e interpretação) e direção de videografia por Lucila Meirelles e Augusto Calçada. O vídeo será lançado quinta (27) nas redes sociais de Dácio Galvão @daciogalvao no Instagram, Facebook e YouTube.

Dácio Galvão mergulha nas lembranças afetivas em Tibau do Sul, município com ligações paternas e fonte de narrativas e da epopeia não linear. As sonoridades do fundo do mar se juntam a metáforas e a um corpus vocabular referencial a exploração francesa e suas decorrências. Há sotaque de realismo fantástico. Um cenário secular vivo aonde o tempo aparece parado e sendo o maior testemunho.

A poética de Dácio Galvão tem sonorização do amigo e parceiro Cid Campos, que acertou sua delicada forma de canto e melodia, a aspereza de pronúncias desafiadoras de certas palavras não usuais arrebanhadas no texto.

Depois da composição veio o roteiro ideográfico nas artes do videoclipe assinado por Lucila Meirelles e Augusto Calçada. Meirelles mergulhou nas imagético aquático de águas oceânicas, corais e Calçada fez conexão
com o poema “Naufrágio Antigo” de Cecília Meireles, publicado no livro Vaga Música de 1942. Resultou um delicioso clipe construtivo que refaz mergulhos poéticos na ocupação francesa do RN.

Gravado e mixado no MC2 Studio (SP), “Porto do Madeiro” está selecionado no Festival Lift-Off Sessions, do Reino Unido, na categoria vídeos experimentais.

Na adolescência, Dácio Galvão desempenhou as funções de editor de imagens da TVU, e deu os primeiros passos paralelo ao seu trabalho mergulhando na poesia concreta e na contracultura dos anos 1970. “Em Porto do Madeiro”, o poeta volta às origens na arte do vídeo experimental.

Dácio Galvão é autor dos livros “Blues Repartido”, “Palavras, Palavras, Palavras”, “Da Poesia ao Poema” e no ano passado lançou “A poesia Câmara Cascudo: um livro no inferno da biblioteca”. Além dos Cd’s-livros “Poemúsicas1” e “Poemúsicas2”.

Sobre os parceiros de “Porto Madeiro”

Cid Campos

Músico, compositor e produtor musical. Nascido em São Paulo, filho do poeta Augusto de Campos, conviveu desde cedo com a poesia, a música e a arte em geral. Trabalhou com vários grupos, compositores e cantores entre os quais: Walter Franco, Adriana Calcanhotto, Arnaldo Antunes, Péricles Cavalcanti, Lívio Tragtenberg, Tom Zé, além dos poetas Augusto e Haroldo de Campos, Décio Pignatari, Ronaldo Azeredo, Dácio Galvão, Lenora de Barros, João Bandeira, Walter Silveira e vídeomakers como Tadeu Jungle e Lucila Meirelles.

Augusto Calçada

Começou sua carreira como montador de filmes e vídeos mas logo passou para a direção de projetos próprios. É graduado em Comunicação Social – RTV e Design Gráfico. Sempre com um olhar moderno e cuidado estético apurado. Desenvolve suas histórias nos mais diferentes formatos: videoarte, docs, instalações, cinema e vídeos para web. Desde 2015 está a frente da Ledome Comunicação Audiovisual, produtora independente que cria e desenvolve projetos autorais e oferece serviços de pré-produção, produção e pós-produção para artistas e empresas de diversos segmentos.

Lucila Meirelles

Videoartista, diretora e roteirista. Historiadora pela PUC-SP e Mestre em Artes Visuais pela ECA/USP. Participou como performer de diversos eventos multimídia e vídeos realizados pelo artista plástico José Roberto Aguilar nos anos 70. Ano passado realizou o curta-metragem, Rito do Amor Selvagem, recuperando a obra do tropicalista, Agrippino de Paula.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *