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Escritos da Alma – considerações gerais sobre eu e o Covid-19 –

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo/eliasjornalista.com

Neste ano da graça de 2020 – para muitos o que não foi, o da desgraça, o que não consta, não conta ou o que se desconta, adentrei praticamente o mesmo em tempos chronos de fev/março na Big Apple.

Feliz como sou, colhedor de sementes plantadas como trabalhador de até três expedientes a vida quase toda, lá estava com a família completa de tudo, bem hospedados, bem agasalhados, serelepes pelas quintas, sextas e demais avenidas, consumimos, batemos pernas e ouvimos falar que pelas bandas da China, um tal Covid começava a perturbar.

Deinha, Mel e Gabriel voltaram e parti para Miami.

Depois começou o fecha-fecha, pavor, mortes e todos os babados já bem conhecidos.

Eu a a família atravessamos estes tempos seguindo os conformes ditos e, só agora, Gabriel pegou o danado mas está bem.

Pois bem, neste tempo todo, fui o mais arisco, saindo para fotografar o vazio, registrar para a história o vácuo populacional nos espaços públicos.
Tenho escapado e agora com as coisas se flexibilizando, parti para um tour para não perder milhas.

O tour abrangeu João Pessoa, Salvador, Rio e hoje Baía Formosa.

A fotografia é incrível, quantas pessoas pude mandar registros legais pelo zap, depois de perguntado inúmeras vezes por causa da lente 50-500 Sigma que chama atenção, se era fotógrafo profissional.
Digo que sou fotógrafo social, um bosta em técnica, mas cheio de boa vontade em fazer alguma coisa e mandar de graça.

Nada de cobrar, fico feliz em ajudar, e assim fiz em Jampa, Salvador, Rio e agora um surfista jovem em Baía Formosa.
Adoro ser útil, fazer o bem, pagar o cacho e levar apenas uma banana.

Escapei do Covid em Nova York, Miami, Natal, Pium, Ponta Negra, Coqueirinhos, Tambaba, Tabatinga, Tambaú, Barra, Itapuã, Ribeira, Penha, Pelourinho, Rio Vermelho, Dique do Tororó, Mercado Modelo, Elevador Lacerda, Copacabana, Barra da Tijuca, Penha, Ipanema, Leblon, Leme, Botafogo e chego na etapa final em Baía Formosa cheio de boas energias, empoderado por tantas boas energias de fotos compartilhadas, prêmios e citações em grupos famosos até internacionalmente.

Sou tão feliz com essa vida em comunhão com todos, que caso, o Covid me alcance e elimine, não será um problema, uma vez que tenho procurado em toda minha produção poética, textual e, agora fotográfica, deixar sementes e concretudes.

Partir não é um problema para quem vive em eterna celebração, é passagem, portal para novas realizações.
Luzzzzz

 

Flávio Rezende aos vinte e cinco dias, nono mês, ano dois mil e vinte. 13h54. Praia de Baía, litoral Sul do Rio Grande do Norte.
Mais no blog www.blogflaviorezende.com.br

**Flávio Rezende é jornalista, escritor, ativista social e fotógrafo

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