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Governo de SP critica “desmoralização” da CoronaVac após a suspensão de testes.

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

O governo de São Paulo criticou nesta 3ª feira (10.nov.2020) a tentativa de se desmoralizar a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac após a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de suspender os testes da CoronaVac. A medida foi anunciada nessa 2ª feira (9.nov.2020).

O secretário-executivo do Centro de Contingência do combate ao coronavírus no Estado de São Paulo, João Gabbardo dos Reis, citou “coincidência” sobre a suspensão dos testes ter sido realizada justamente no mesmo dia em que o governo de São Paulo anunciou avanços para produção e disponibilização do imunizante.

“O que nos choca é que enquanto todos corram para que tenhamos essa vacina disponível para a população, há algumas pessoas que pensem e apostem no contrário”, disse.

“Coincidentemente, no mesmo dia que o governo anuncia a chegada das primeiras doses da vacina, apresenta prazos e cronogramas de conclusão de obras para produção da vacina, no mesmo dia, algumas pessoas festejam o fato de ter aparecido o óbito e criado essa confusão para tentar desmoralizar a vacina que está sendo fabricada, produzida, nessa associação do Instituto Butantan com o laboratório da China”, afirmou em entrevista a jornalistas.

Mais cedo, nesta 3ª feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que a  a suspensão dos testes da vacina contra a covid-19 é mais uma medida que representa sua vitória sobre a gestão do governador João Doria (PSDB).

Bolsonaro e Doria são adversários políticos. Ambos divergem sobre a obrigatoriedade da aplicação da vacina assim que ela estiver disponível. O tucano diz que irá exigir a imunização em São Paulo. Já o presidente afirma que o governo federal não tornará a vacinação obrigatória e que cabe ao Ministério da Saúde recomendação dessa natureza.

O presidente se manifesta contra a vacina desenvolvida pela Sinovac com o Butantan. Em 21 de outubro, depois de o Ministério da Saúde anunciar que iria adquirir as doses da CoronaVac, Bolsonaro decidiu cancelar o acordo. A reportagem do Poder360 apurou que o chefe do Executivo enviou mensagens a ministros com o seguinte teor: “Alerto que não compraremos vacina da China. Bem como meu governo não mantém diálogo com João Doria sobre covid-19″. No mesmo dia, o presidente publicou nota em seus perfis nas redes sociais e exigiu a comprovação da eficácia do imunizante.

Fonte: Poder 360

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