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Neurocientista luso-brasileiro Fabiano de Abreu.

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo/eliasjornalista.com

Nos últimos dias tem circulado a descoberta inovadora feita por cientistas israelenses na área do combate ao envelhecimento. O neurocientista luso-brasileiro Fabiano de Abreu Rodrigues, membro da Federação Europeia de Neurociência exalta o feito e alerta para outros tipos de doenças da velhice. Para tentar compreender este fenômeno, falamos com o neurocientista Fabiano de Abreu que nos explicou todo este processo.
 
“O estudo selecionou 35 adultos saudáveis, com idade igual ou superior a 65 anos. Estes indivíduos foram  submetidos a um processo no interior de uma câmara pressurizada e inalando oxigênio puro, 90 minutos por dia, cinco dias por semana durante três meses. No final do tratamento foi constatado que ao nível celular rejuvenesceram cerca de 25 anos.”, indaga Abreu.
 
Ainda na explicação do neurocientista, Fabiano explica que ” Nossas células, unidade que forma nosso corpo, desde pele, órgãos, músculos etc. Se dividem para multiplicar e regenerar os tecidos e órgãos do nosso corpo e a longitude dos telômeros, que são regiões repetitivas nas extremidades dos cromossomos e atuam como capas que protegem as regiões internas dos cromossomas e que se desgastam em pequena medida a cada ciclo de replicação de DNA, ou seja, com o passar do tempo ele se reduz e ficam mais curtos até chegar a um momento que não são capazes de proteger o DNA, as células param de se reproduzir resultando na velhice.
É exatamente este encurtar dos telómeros que este estudo israelense diz ter conseguido estancar e reverter”.
 
No entanto, Abreu alerta que ainda é cedo para encarar este estudo como certo.
 
“Embora sejam progressos enormes temos que aguardar e compreender se a longo prazo este tratamento trará alguma consequência ou efeito adverso”, avisa o neurocientista.
 
Além disso, Abreu alerta ainda para a utilização desta notícia e consequentemente de possíveis tratamentos na área da estética.
” É sabido que os centros que fornecem tratamentos nesta área podem utilizar este conhecimento para desenvolverem os seus próprios métodos. É necessário ter cuidado e saber avaliar o tipo de tecnologia disponibilizada e se os procedimentos prometem algo que pode ser ou não cumprido. Falamos em tecnologia de ponta, de base científica e que dificilmente será replicado com a mesma qualidade em centros de estética “, avisa.
 
No entanto, para Abreu este estudo é mais uma prova de que “o envelhecimento pode ser encarado de uma forma diferente. Ao invés de um processo sem retorno podemos olhar para ele como uma patologia que pode ser tratada e retardada. A nossa esperança média de vida pode vir a aumentar significativamente e, mais importante que isso, a qualidade com que envelhecemos também.”, concluí Fabiano de Abreu.

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