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Semtas auxilia venezuelanos a solicitarem atualizações de protocolos de refúgio em Natal

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo/eliasjornalista.com

A Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas) vai disponibilizar aos refugiados venezuelano residentes em Natal toda a estrutura e equipe para iniciar o processo de atualização dos protocolos de refúgio, o que para eles se assemelha a um documento de identidade e/ou visto de permanência no país.

A partir de segunda-feira, 07, até o próximo dia 18,  das 8h30 às 13h30, uma equipe de servidores estará no auditório da Semtas, atendendo os refugiados para acesso e inclusão de dados na plataforma do Sistema do Comitê Nacional para os Refugiados (Sisconare), para solicitação à Polícia Federal da atualização do protocolo de refugio.

A Secretaria cadastrou cerca 110 refugiados venezuelanos em Natal. Todos estão com protocolos de refúgio vencidos. Este número é bem variável, em virtude das idas e vindas deles para se juntar a parentes que estavam ou estão em outras cidades. “A Semtas já cadastrou todos os refugiados no Cadastro Único, porém eles encontram dificuldades no ato do saque do Bolsa Família e/ou do auxílio emergencial, por estarem com esse documento fora do prazo de validade. Alguns deles estão com protocolo vencido há mais de um ano. Esta estrutura montada pela Semtas vai facilitar o acesso dos venezuelanos à plataforma para a renovação dos documentos, para que possam receber os benefícios sociais sem dificuldades”, explica a secretária Andréa Dias, titular da Semtas.

“Vamos atender, em média, dez pessoas por dia, através de agendamento prévio do comitê técnico para refugiados e migrantes. Isso porque são atendimentos demorados, visto que serão cadastrados todos os dados, incluindo a criação de e-mail, para login com senha de acesso à plataforma do Sisconare. Por isso, faz-se necessário ter diariamente um número reduzido de pessoas, haja vista também a condição de pandemia vivenciada no país”, esclarece Ângela Maria Lopes, diretora do Departamento de Proteção Social Especial (DPSE).

Depois da inclusão dos dados de identificação, ocupação, origem e motivação migratória, que será feita na Semtas, a Polícia Federal deverá convocar o refugiado para captar foto e a biometria, além de entrevistar cada um, indagando acerca da motivação para migração. Para entrar no país, na condição de refugiado, é necessário solicitar à Polícia Federal um protocolo provisório, válido por um ano. Esse documento deve estar atualizado e serve para comprovar a situação de legalidade do refugiado no país. Com este protocolo, eles têm direito a obter carteira de trabalho (CTPS) e Cadastro de Pessoa Física (CPF), bem como a inclusão no Cadastro Único, para acessar todos os serviços socioassistenciais disponíveis no Brasil, no âmbito da política de assistência social.

Vale salientar que qualquer documentos de identidade, o órgão que emite a primeira via é o que possui competência para emitir a segunda via. No caso, somente a Polícia Federal pode realizar a emissão da segunda via do protocolo de refúgio. A solicitação de refúgio no Brasil geralmente é feita na área de fronteira, por aqueles que querem a proteção do governo brasileiro.

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