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(Foto: Augusto César/SEAP-RN).

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo/eliasjornalista.com

A ação, realizada na véspera do Natal, visa humanizar o sistema prisional através do trabalho e da solidariedade

Numa ação inédita de ressocialização, internos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, confeccionaram brinquedos por meio de um projeto-piloto de artesanato e realizaram a doação aos filhos dos presos da unidade. A ação, realizada na véspera do Natal, visa humanizar o sistema prisional através do trabalho e da solidariedade. A entrega dos presentes levou emoção aos familiares dos apenados.

A iniciativa foi idealizada pelos policiais penais de Alcaçuz, a maior unidade prisional do RN. Eles colaboraram com os insumos e, rapidamente, um grupo de 12 detentos realizou o mutirão na oficina instalada no presídio. “Não imaginávamos para quem seria a doação. Fizemos de coração e quando soubemos o destino, ficamos emocionados. A oportunidade de fazer algo produtivo e de mostrar o nosso melhor é gratificante”, disse Flávio Ramos, 36 anos, oito deles cumprindo pena de restrição de liberdade em regime fechado por assalto.

As mãos que um dia cometeram crimes, agora são usadas para confecção de réplicas de casas, carros, motos, ursos de pelúcia, flores, animais, barcos, caixas decorativas e até super-heróis. Tudo feito com material doado ou reciclado. O artesanato em Alcaçuz é utilizado como meio de transformar vidas. “Foi uma surpresa muito grande receber esse presente e conhecer o projeto. Isso é uma benção”, disse Cleoneide
Marques, emocionada, ao receber a réplica de um barco das mãos da secretária adjunta da Seap, policial penal Ivanilma Carla. “Essa administração se traduz em humanização no aspecto da execução penal no sistema prisional. A confecção e entrega desses brinquedos, direcionados aos familiares numa data tão significante como o Natal, é a materialização dessa missão”, disse.

Para o secretário da Administração Penitenciária, Pedro Florêncio, o principal caminho para efetivar o retorno do condenado ao convívio social passa pelo trabalho e a educação no sistema prisional. O artesanato, disse o secretário, além de proporcionar uma atividade e livrar o preso do ócio, ajuda a remir a pena. “Essa é uma marca da gestão. Levar educação e trabalho as pessoas privadas de liberdade, mantendo o controle, a segurança e a disciplina nas unidades prisionais”, disse.

O diretor de Alcaçuz, policial penal Flávio Lúcio, explicou que o objetivo da ação foi alcançado com a mobilização dos servidores, internos e familiares dos presos. “O projeto é totalmente alinhado com a gestão de Alcaçuz e da Seap, e foi realizado de forma voluntária”, disse. O diretor fez pessoalmente a entrega de parte dos brinquedos a uma comissão de familiares dos presos. Foram confeccionadas cerca de 150 peças e outro lote está em fase de finalização. “Quero agradecer a oportunidade única que vocês estão proporcionando através dessa atividade”, disse Mayla Savana, uma das representantes das famílias dos internos.

Fotos: Augusto César/SEAP-RN.

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