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Fevereiro Laranja – Mês de prevenção e combate à Leucemia.

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

O mês de fevereiro, embora seja, normalmente, de muita praia, também é de alerta, prevenção e combate à leucemia com o Fevereiro Laranja. Segundo o INCA – Instituto Nacional de Câncer, em 2018, no Brasil, foram 7.218 mortes por leucemia, sendo 3.902 homens e 3.316 mulheres.  A Leucemia é uma doença maligna que atinge os glóbulos brancos (leucócitos) – células de defesa do organismo.

 

O hematologista, Dr. Cláudio Macêdo, da Clínica de Oncologia e Mastologia de Natal, explica que as leucemias são doenças causadas por uma série de fatores que, isoladamente, não parecem ser responsáveis pelo aparecimento da doença, porém, quando associadas em um único indivíduo fazem surgir a enfermidade. “A exposição a substâncias como o Benzeno, presentes em tintas e solventes, é um exemplo ocupacional, e sua prevenção é feita a partir da redução do contato com esses materiais”. Além do químico, o tabagismo também é outra causa importante e a quimioterapia prévia, utilizada para tratamento de algum outro tipo de câncer, também. “De forma geral, a prevenção de uma doença como a Leucemia é feita através de hábitos saudáveis, como uma boa alimentação, exercícios físicos e sono adequado”, resume o hematologista.

 

As leucemias podem ser agrupadas baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que elas afetam: linfóide ou mielóide e existem mais de 12 tipos, sendo quatro mais comuns.  Leucemia Mielóide Aguda (LMA): avança rapidamente e ocorre tanto em adultos quanto em crianças; Leucemia Linfocítica Aguda (LLA): agrava-se de maneira rápida e é o tipo mais comum em crianças pequenas, podendo acometer adultos também; Leucemia Mielóide Crônica (LMC): no início, se desenvolve vagarosamente e acomete principalmente adulto; e Leucemia Linfocítica Crônica (LLC): se desenvolve de forma lenta, e é mais comum em adultos.

 

O diagnóstico para identificar a doença se dá através de exames de sangue, como o hemograma e acompanhado da avaliação de um hematologista para demais análises. A confirmação é feita com exame da medula óssea (mielograma) e há casos em que a biópsia é necessária. Já o tratamento vai depender do tipo de leucemia, podendo ir da quimioterapia ao transplante de medula óssea. Somente o médico pode determinar o tratamento ideal, avaliando os aspectos clínicos do paciente, como idade, presença de outras doenças, capacidade de suportar quimioterapia etc.

 

“Alguns tipos de Leucemia são extremamente indolentes, ou seja, possuem um ritmo de crescimento tão lento que não exige tratamento, contudo, é necessário acompanhamento do hematologista e exames periódicos. Assim, como em todos os tipos de câncer, o tratamento é instituído de acordo com a gravidade. As mais graves possuem um índice de cura que gira em torno de 80% a 90% em crianças e de 40% a 50% em adultos. E o transplante de medula óssea é indicado para as modalidades mais agressivas”, esclarece Dr. Cláudio e acrescenta “A cura de qualquer câncer só é considerada após cinco anos de acompanhamento sem qualquer terapia empregada para o controle da doença. No caso do transplante da Medula Óssea não é diferente. Para que a cura seja atingida, é necessário que haja compatibilidade entre a medula do doador e a do paciente, e a substituição dessa medula antiga pela nova”. 

Diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce possibilita melhores respostas ao tratamento. Ficar atento ao corpo e manter exames de rotina são importantes, já que nem sempre a Leucemia aponta sinais e sintomas no estágio inicial. Palidez, cansaço, febre, aumento de gânglios, infecções persistentes ou recorrentes, hematomas, petéquias (manchas marrom-arroxeadas), sangramentos inexplicáveis, aumento do baço e fígado estão entre os indícios.

Transplante de Medula Óssea (TMO)

A medula óssea, conhecida como tutano, é um líquido-gelatinoso localizado dentro dos ossos, responsável por fabricar todos os elementos do sangue. É nela que nascem as células-tronco e daí, também, a importância de mantê-la sempre saudável e funcionando. As doenças do sangue são decorrentes exatamente de uma falha nesse mecanismo. Quando sofrem uma mutação, perdem a função e atrapalham o sistema.

O transplante de medula óssea é um procedimento seguro para o doador e, para o transplantado, um suspiro de alívio e esperança, proporcionando grandes chances de cura. O paciente, depois de se submeter a um tratamento para destruir a sua própria medula, recebe as células da medula sadia de um doador.

As chances de achar doador compatível de medula óssea é de 1 em cada 100 mil. Seja a esperança de alguém, doe medula óssea!

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