Redação/Blog Elias Jornalista
Em Mossoró, unidade vai atender a população de 62 municípios, e ao menos 20 mil atendimentos por ano
O Governo do Rio Grande do Norte emitiu nesta sexta-feira, 09, a ordem de serviço para o reinício das obras do Hospital Regional da Mulher Parteira Maria Correia, em Mossoró, região Oeste potiguar. Essa é a maior obra viabilizada pelo acordo de empréstimo do Governo do Estado com o Banco Mundial. O investimento é de R$ 104 milhões, em infraestrutura física e equipamentos. A unidade hospitalar será a maior do Rio Grande do Norte, com capacidade para 20 mil atendimentos/ano, recebendo pacientes de 62 municípios.
“Estamos materializando a retomada de uma obra significativa e de largo alcance social, que vai ser referência para todo o país. Vai garantir atendimento de saúde humanizado e eficiente. Superamos dificuldades, como a rede elétrica inadequada e outros entraves. Não poderíamos permitir que a obra se transformasse em um elefante branco. Em nome da população do Rio Grande do Norte lutamos, negociamos e conseguimos”, destacou a governadora, professora Fátima Bezerra, ao avaliar a importância da retomada dos serviços.
“Missão dada é missão cumprida”. Assim definiu o momento o secretário estadual de Gestão de Projetos, Metas e Relações Institucionais (Segri) e coordenador do Programa Governo Cidadão, Fernando Mineiro. O gestor citou toda a equipe de governo quanto à dedicação e responsabilidade das ações que culminaram com a retomada das obras. “Desenvolvemos um trabalho eficiente e objetivo. Agradeço também à equipe do Banco Mundial e do Tribunal de Contas do Estado, que muito contribuiu para a formalização do Termo de Ajustamento de Gestão (TAG), uma das etapas para a retomada das obras”, enfatizou.
Quando concluído, o Hospital da Mulher terá 165 leitos, assistência ambulatorial, pronto-socorro, UTI, centro obstétrico com salas de parto humanizado, banco de leite humano e serviços de suporte para mulheres vítimas de violência. O local ainda funcionará como hospital de estágio, em parceria com universidades.
O secretário de estado da Saúde Pública (Sesap), Cipriano Maia, disse que o Hospital vai prestar assistência adequada à saúde da mulher dando respostas efetivas às demandas de Mossoró e do Vale do Açu, que carecem de assistência básica, pré-natal, obstétrica, e atuará como base para pesquisa e formação universitária. “O momento é de celebração e agradecimento. Inclusive porque, através do Governo Cidadão, vamos viabilizar outras obras na área da saúde, como a assistência oncológica para a região do Mato Grande.”
DESENTRAVE DA OBRA
A obra foi parcialmente executada e estava paralisada desde agosto de 2019 quando alcançou 27,87% de execução – canteiro de obras, movimento de terra, estrutura (fundação e superestrutura), parte dos muros de contenção e um dos reservatórios. A paralisação aconteceu por inadequações do projeto, principalmente na parte elétrica.
A atual gestão estadual, ao assumir em 2019, encontrou vários problemas no projeto que inviabilizariam o pleno funcionamento do Hospital. Por determinação da governadora, professora Fátima Bezerra, a Segri e o programa Governo Cidadão fizeram as devidas correções e mantiveram entendimentos com o Banco Mundial para a prorrogação do prazo do financiamento que se encerraria em 31 de março último.
Após amplos entendimentos com a instituição financeira e com o aval do Ministério da Fazenda o prazo foi prorrogado para dezembro de 2022. Com isso será possível a conclusão do Hospital da Mulher e outras obras importantes como o posto fiscal localizado no município de Canguaretama, a Barragem do Pataxó, outros investimentos na saúde, produção rural, estradas e na área cultural.
O contrato determina no prazo de 14 meses para entregar o hospital – junho de 2022. “Será o maior equipamento de saúde feito pelo Governo do RN. Agradeço a toda a equipe do nosso governo na pessoa do secretário Fernando Mineiro. E à toda a equipe do Banco Mundial. Essa é obra emblemática pelo perfil humanitário e social. Teremos mais obras e investimentos como a construção da barragem do Pataxó, em Ipanguaçu, a estrada da Produção em São Gonçalo do Amarante, escolas, equipamentos culturais como o Teatro Alberto Maranhão, Biblioteca Câmara Cascudo, Forte dos Reis Magos e Escola de Dança. Destaco também o papel do Tribunal de Contas do Estado que teve importante participação para evitar demandas judiciais que viriam a atrasar o projeto”, acrescentou a governadora Fátima Bezerra.
A reitora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), professora Fátima Raquel, lembrou que a instituição fez a doação do terreno para construção do Hospital que será modelo para o Estado e para o país, contribuindo para a saúde da mulher.
Representando a Assembleia Legislativa, a deputada estadual Isolda Dantas citou a condição de Mossoró como cidade polo regional que sedia três cursos de medicina. “O Hospital da Mulher é de fundamental importância para a oferta de atendimento de saúde eficiente e digno. Acompanhei toda a luta para o reinício das obras e parabenizo a governadora e sua equipe que venceram as dificuldades”, disse ao defender o intenso debate sobre a gestão do hospital junto às universidades do estado.
O prefeito de Mossoró, Alysson Bezerra, destacou a importância do equipamento. “Neste momento importantíssimo como o que vivemos, o Hospital vai prestar atendimento digno. Ficamos gratos pela iniciativa e investimento do Governo do Estado.”
Representante do Banco Mundial, Sophie Naudeau parabenizou o Governo do RN “pelo incansável trabalho para garantir as obras do Hospital da Mulher e melhorar o serviço público de saúde. Além de reduzir mortalidade da mulher e infantil, hospital vai atender população de mais de um milhão de pessoas”.
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