Escritos da Alma – a natureza como vacina para uma vida mais feliz –
Redação/Blog Elias Jornalista
No planeta em que existimos sabemos ter considerável parcela de miseráveis – na verdade uma imensa maioria, privados das mais elementares coisas necessárias até para que continuem na vida difícil que enfrentam.
Muitos e muitos apenas mendigando e buscando simplesmente continuar por aqui, mesmo neste inferno, imbuídos pela filosofia que se vieram, é uma benção, e em sendo dádiva, não podem partir por seus próprios desejos.
Aceitam tudo desde que se partirem, não o farão por si mesmos, irão por problemas decorrentes desta situação lamentável, ou seja, doenças ou eventos eventuais.
Os apartados desta miserabilidade, por questões diversas, podem simplesmente ignorar a dor vizinha, como podem tentar amenizar – de modos vários, ficando com o livre arbítrio de cada um, se importar ou não.
Este preâmbulo todo é para dizer, que a despeito de privilégios reais ou herdados, situações adversas pontuais ou eternas, a natureza se apresenta como bálsamo, posto que sua simples presença, causa enormes transformações no conjunto da obra.
Um miserável na polis, cercado de cimento armado, precisando driblar becos, vilas, vielas, ruas e avenidas, espaços privados, catombilos, mãos e desvãos, tem na estrutura arquitetônica das metrópoles, obstáculos, problemas a serem vencidos.
Já os miseráveis do campo, apesar das mesmas necessidades, encontram a vastidão da vegetação, os caminhos, veredas, trilhas, tendo como diferencial o visual, a possibilidade da chuva redentora, a opção de que a mãe Terra possa tornar tudo autossustentável, contando ainda com a visualização de formações de nuvens, céu aberto, ocupação de terras de maneira mais ampla, numa combinação de luz, domínio, integração com as estações, visuais diversificadas e o contato físico com a terra, plantas, o que influencia posturas mais humanas e torna o ser ameno e sensível.
Eis um bom remédio para os miseráveis dos grandes ajuntamentos de cimento e seres com DNA financeiro privilegiado por esta situação: buscar o campo, voltar a vida sem ônibus e metrôs lotados, discriminação, restos, benefícios governamentais etc.
A natureza pode não ser uma Brastemp para resolver sua vida, mas será refrigério para a alma, para uma vida mais raiz e menos nutella.
Fosse eu uma alma na cidade cheia de limitações e dificuldades, procuraria a agricultura, o campo, o céu aberto, a vida mais natural.
Fosse também um governante com poder, encaminharia políticas públicas facilitando isso.
Luzzzzzzz
Flávio Rezende aos dez dias, quarto mês, ano dois mil e vinte e um. 11h31. Praia de Ponta Negra.
Gratidão alma boa