Patrulha Maria da Penha atende 13 mulheres em áreas críticas durante o final de semana.
Redação/Blog Elias Jornalista
A Patrulha Maria da Penha, operada pela Guarda Municipal do Natal (GMN), realizou uma operação especial de atendimento a 13 mulheres vítimas de violência doméstica que residem em áreas da cidade consideradas zonas vermelhas, que são aquelas com alto índice de criminalidade. A ação contou com um efetivo de duas viaturas de apoio e patrulhamento, além de sete guardas municipais.
A missão iniciou na manhã do sábado (15) e se estendeu até às 20h do mesmo dia, quando todas as mulheres foram visitadas, receberam as orientações da patrulha, como também os contatos permanentes de acionamento dos guardas em caso de situação de ameaça ou qualquer outra que envolva insegurança das vítimas.
A titular da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes), Sheila Freitas, lembrou que mesmo nesse período de pandemia a Patrulha Maria da Penha não para. “É um trabalho que tem a preservação da vida como seu maior objetivo. Esse é um programa de proteção, amparo e garantia de direitos para que essas mulheres, vítimas de violência doméstica, possam voltar a ter uma vida com dignidade, com trabalho, sossego, esperança e sonhos”, disse.
A coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Michely Oliveira, explicou que essas mulheres se encontram em situações muito difíceis, pois além de residirem em localidades onde a segurança é crítica, vivem com medo das ameaças sofridas por pessoas que deveriam protegê-las. “Todas estas 13 mulheres estão com ameaças de morte e tem em comum o fato de só saírem de casa para comprar comida quando não tem quem leve até elas. A situação dessas mulheres é bem pior do que imaginamos”, contou.
Um ponto levantado é que o trabalho atende mulheres de todas as classes sociais, tendo entre elas desde donas de casa até profissionais dos diversos ramos. “A violência doméstica não escolhe classe social. É um problema que deve ser combatido pela sociedade como um todo e é preciso sempre que as vítimas não tenham medo e denunciem as violências sofridas. Essas mulheres que residem em áreas críticas o problema é maior. Talvez seja a parte do serviço de maior risco na corporação. Entramos em comunidades, onde nunca tínhamos entrado. Em alguns endereços as viaturas não conseguiam entrar, pois eram simples vielas”, comentou Michely.
Na primeira visita a mulher assina uma Ficha de Adesão à Patrulha e recebe as informações sobre o serviço de assistência psicológica, social e jurídica oferecidos, bem como, a comunicação da Patrulha com ela e dela com a Patrulha, devendo a mesma em caso de iminente perigo, por aproximação do violador, ligar para o número da Patrulha, que vai agir na sua proteção.
Para contar com a proteção da Patrulha Maria da Penha a vítima deve, no primeiro momento, recorrer a Delegacia de Polícia para prestar queixa da violência sofrida e requerer esse amparo da Patrulha. A solicitação é encaminhada ao Poder Judiciário que analisa e, sendo o caso, determina as medidas protetivas acionando a Coordenação da Patrulha para iniciar os procedimentos.
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