Redação/Blog Elias Jornalista
A Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas) deu início, na noite desta quinta-feira (20), a um monitoramento da população em situação de rua no município de Natal. O secretário Adjuto Dias acompanhou de perto a equipe do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) no atendimento deste público. Durante a ação, o secretário aproveitou a oportunidade para conversar com a população vulnerável em função também da pandemia da Covid-19, para conhecer mais sobre as necessidades e providenciar a solução dos problemas mais urgentes, como a obtenção de documentos.
A ação teve início pelos bairros da Zona Leste, região administrativa que concentra essa parcela da população, mas continuará ao longo dos próximos dias por toda a cidade. Cabe destacar que esse trabalho é realizado de forma contínua pelo serviço de abordagem social.
“Vamos intensificar e atualizar a situação real das ruas para aperfeiçoar os serviços socioassistenciais municipais voltados para essa população”, disse a Diretora do Departamento de Proteção Social Especial, ngela Lopes. Ainda enfatizou: “A ideia é fazer esse levantamento e entender a real situação deste público, a realidade atual e ampliar os diferentes serviços para que tenham acesso à rede de serviços e aos benefícios socioassistenciais”.
Boa parte das pessoas abordadas pela Equipe Especializada em Abordagem Social não vive nas ruas, mas, na verdade, encontram-se em insegurança alimentar, esperando doações de grupos de voluntários que passam pelo local. “A pandemia do coronavírus aumentou a necessidade de auxílio para as famílias em situação de vulnerabilidade social, exatamente porque as poucas pessoas que tinham emprego formal ou informal têm visto seus postos de trabalho desaparecerem com a paralisação das atividades, em consequência da disseminação do vírus. Assim, entraram na seara de outro grupo que também depende muito do auxílio e da solidariedade da comunidade”, afirma Adjuto Dias.
As abordagens também têm possibilitado encaminhamentos para a rede de proteção da assistência social. O caso mais emblemático, encontrado na noite de ontem, foi o de uma senhora que nunca havia procurado os Centros de Referência e Assistência Social para a realização do cadastramento e solicitação do Bolsa Família, apesar de cumprir todos os requisitos. Porém, durante a ação, a equipe técnica iniciou o cadastro daquela senhora para a concessão de benefícios eventuais ofertados pelo município e dos programas sociais por meio do Cadastro Único.
Cadastro Único
Em relatório feito pelo Departamento de Informação, Monitoramento e Avaliação (Dimaps), até julho de 2020, estavam inseridos na base de dados do Cadastro Único para Programas Sociais, 731 pessoas identificadas em situação de rua na capital.
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