Redação/Blog Elias Jornalista
O gerente de Soluções Duradouras da Fraternidade Humanitária Internacional, Imer De Mirna, explicou que o objetivo do curso é dar treinamento a técnicos estaduais e municipais do Rio Grande do Norte responsáveis pelo atendimento e acompanhamento à crise migratória que no RN diz respeito especificamente, neste momento, à população indígena da etnia Warao da Venezuela.
A capacitação a cargo das duas organizações internacionais tem como público-alvo técnicos(os) da assistência social, saúde e educação do Estado e municípios do RN com refugiados e migrantes. São trinta vagas que já foram previamente preenchidas.
Quarta-feira, 4, pela manhã, De Mirna, o gerente Operacional da Fraternidade Ricardo Baumbartner, e o Associado Sênior de Campo da ACNUR no Brasil, Sebatian Roa, se reuniram com as secretárias da SETHAS, Iris Oliveira (titular) e Maria Luiza Tonelli (adjunta), além do presidente Comitê Estadual Intersetorial de Atenção aos Refugiados, Apátridas e Migrantes (CERAM/RN), Thales Dantas e a coordenadora de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH), Sandra Pequeno, para falar sobre os objetivos do treinamento. Participaram ainda Vanuza Nunes, Dennis Morais e João Pedro Macedo, bolsistas do CERAM.
A finalidade da capacitação, apontou De Mirna, é levar aos técnico(a)s a experiência e sistemática que as duas entidades, em nível nacional e global, têm exercido com relação ao tema das migrações. Os representantes da Fraternidade Humanitária Internacional e ACNUR no Brasil também se reuniram com a Secretaria Municipal de Assistência Social, e ontem à tarde, fizeram uma visita ao local onde os indígenas Warao estão abrigados em Natal.
POLÍTICA
No dia 21 de junho de 2021 a governadora do Estado, Fátima Bezerra, lançou o Plano Estadual do Migrante do RN e assinou o acordo de cooperação internacional com a Organização Internacional para Migrações (OIM) para tratar da questão das migrações. O RN é o primeiro estado do Nordeste a ter uma lei que institucionaliza e organiza a Política Pública para Refugiados, Apátridas e Migrantes.
De acordo com dados do Cadastro Nacional do Ministério da Justiça (RNM), o RN tem 13.633 migrantes internacionais. Desses, segundo o o Ceram/RN, órgão vinculado à Sethas, 232 são refugiados venezuelanos, dos quais 188 indígenas da etnia Warao, sendo que 124 vivem em Natal. Em Mossoró são 64 venezuelanos, 20 da etnia Warao.
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