Redação/Blog Elias Jornalista
Escritos da Alma
– deixar algo bom é saudável –
A entrada no portal dos sessentanos bem no ano da pandemia, trouxe menos celebração e mais preocupação ao novo patamar, uma vez que o tempo passou a ser de ver e ler sobre a morte dos outros, posto que por aqui ainda vivo, sou testemunha e não lápide, deste triste tempo de despedidas.
E, nelas, geralmente na virtualidade dos perfis facebookianos etc, assistimos um lamento sem fim sobre os findos de vida material, com grande maioria ressaltando aspectos positivos das passagens, mesmo que – em muitos casos, os desencarnados tivessem tido existências ruins, atitudes malígnas e condutas execráveis.
Eis um lado bom de todos nós, nesta hora difícil, conseguimos ser mais religiosos, mais amenos e compreensivos, buscando mesmo com certa dificuldade, em alguns casos, o lado bom para ressaltar.
Tenho lido sobre bondades e excelentes atos no obituário de algumas almas hoje idas – que nem sabia, posto que devem ser tão poucas e esporádicas, que só pessoas com boa vontade, normalmente fenômeno temporal em tempos de adeus, conseguem tornar público estes eventos quase invisíveis em alguns.
Então o presente escrito, além de trazer a baila este aspecto da situação, serve como conselho, a alguém como eu, você que me lê, ou alguém que receba a transmissão, que faça algum bem, realce alguma bondade, realize qualquer coisa positiva, já que no momento em que chegar nossa vez, teremos também esse olhar simpático, essa lembrança carinhosa, essa citação honrosa, de alguma coisa, ou de algumas coisas boas que possamos ter feito.
Em vida, podem passar desapercebidas, mas morrendo, garanto que saberão realçar, empoderar, dar uma valorizada.
Fica a dica.
Que situação, rapá…
Flávio Rezende aos dezessete dias, décimo mês, ano dois mil e vinte e um, 13h16, praia de Ponta Negra em Natal.
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