Deputados destacam piso salarial de professores, transposição do Rio São Francisco e Saúde.
Redação/Blog Elias Jornalista
No horário destinado aos pronunciamentos dos deputados na sessão ordinária desta terça-feira (08), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, falaram os parlamentares Vivaldo Costa (PSD), José Dias (PSDB), Dr. Bernardo (MDB), Cristiane Dantas (SDD) e Subtenente Eliabe (SDD). Entre as pautas levantadas estiveram o piso dos professores na rede estadual de ensino, a chegada da transposição do Rio São Francisco ao Rio Grande do Norte e a saúde pública no estado.
Como representante da região Seridó, o deputado Vivaldo Costa falou da alegria da chegada das águas do Rio São Francisco ao estado. Ele destacou que isso irá resolver um problema secular. “É hora de o povo seridoense agradecer a todos aqueles que batalharam durante anos para que fosse possível isso acontecer. Desde Aluísio Alves, quando desarquivou o processo, depois Fernando Bezerra, deputados federais e estaduais, governadores, o ex-presidente Lula. É um trabalho coletivo de toda a classe política que merece ser registrado, inclusive um trabalho do ministro Rogério Marinho e do atual presidente da República, Jair Bolsonaro”, disse.
Ele lembrou que o ministro Rogério Marinho comparou a chegada das águas do Rio São Francisco à chegada da energia de Paulo Afonso. “Da mesma forma que a energia modificou a realidade social e econômica do RN, as águas do São Francisco terão um papel semelhante, trarão progresso e desenvolvimento. É hora da gente se unir agora para tirar o melhor proveito possível dessas águas, para que o RN possa se desenvolver”, completou.
Já José Dias comentou sobre a posição do Governo do Estado com relação ao pagamento do piso salarial dos professores. “Acho que não deveria haver discussão ou pressão sobre o pagamento do piso dos professores. Os deputados da base do governo, Francisco do PT e Isolda Dantas, têm que pressionar a governadora para socorrer os professores”, falou.
Dr. Bernardo, por sua vez, falou sobre a situação da saúde pública no estado, fazendo um breve histórico para compreensão da situação atual do Sistema Único de Saúde (SUS) no RN. “Em 2005 começaram as mazelas, quando se aderiu à Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS). Como se não bastasse, há 20 anos a tabela do SUS não tem reajuste. Imagine você fazer uma endoscopia por R$48. Isso tudo gerou crise na saúde pública no Brasil. Eu não entendo que a bancada federal deste estado e do Brasil não enxergue a necessidade de reajuste. Se o Governo Federal não remunera com preço justo o município que presta esse serviço, o ente municipal fica no déficit e quebra”, explicou.
Ele alertou da necessidade de que a classe política se una e possa encontrar uma solução, mencionando o caso do Hospital da Liga Contra o Câncer, que avisou que não atenderia mais casos de oncologia da região Oeste, alegando ter atingido o teto de atendimentos.
Por fim, os deputados Cristiane Dantas e Subtenente Eliabe retomaram o assunto do piso salarial dos professores do estado. “Fico feliz de a governadora estar sentada conversando com a categoria, mas os alunos não podem correr o risco de terem um prejuízo maior do que já vem enfrentando devido à pandemia. Se houver uma greve, como está sendo anunciado caso não seja cumprido o piso, esse prejuízo vai somar aos que já têm sido enfrentados”, opinou Cristiane Dantas.
O Subtenente Eliabe resolveu responder questionamento feito em outro momento sobre o porquê de ele cobrar do Governo estadual e não dos prefeitos que compõem o partido eleitoral dele sobre o cumprimento do piso salarial. Ele afirmou que não é competência do deputado estadual fiscalizar a gestão municipal, que é fiscalizada pelos vereadores. “Porém a minha defesa aqui não é a partido político ou ideologia, mas sim aos professores, categoria essencial para a sociedade”, falou.
O parlamentar explicou que, quando se referiu a mentira, falava da trajetória da governadora, dos posicionamentos que ela defendia quando era deputada e senadora, que são, segundo ele, posicionamentos divergentes dos atuais. “Quando se diz que o governo estadual vai cumprir o piso, não é isso que está sendo veiculado pela mídia. O sindicato (dos professores) está insatisfeito e ameaça greve, então o governo não está cumprindo”, alertou.
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