Redação/Blog Elias Jornalista
Na Sessão Plenária desta terça-feira (8), durante o horário das lideranças parlamentares, foram registrados os alagamentos ocorridos em Natal, após as fortes chuvas do final de semana, bem como atos de violência contra propriedades de políticos do Estado. Primeira líder a discursar, Eudiane Macedo (Republicanos) abordou os transbordamentos ocorridos em lagoas de captação da capital.
“Foram muitos locais alagados. José Sarney, Pajuçara, Panatis, Santarém. Nessa última chuva, as bombas estavam desligadas, mas mesmo que não estivessem, a gente sabe que teria alagado tudo, pela grande quantidade de água”, detalhou.
Segundo a deputada, os moradores estão saindo das suas casas – que lutaram tanto para conseguir – e tendo que alugar imóveis em outros locais. Isso não é algo novo, já vem de décadas. “É algo que precisa ser olhado com carinho. São tantas obras novas todos os anos, mas os governantes se esquecem da manutenção nas obras antigas. Então, eu peço encarecidamente esse olhar especial da prefeitura às lagoas de captação, para que faça sua manutenção. E isso eu falo desde a época de vereadora”, pediu Eudiane.
Na sequência, a parlamentar enfatizou a importância do “Dia Internacional da Mulher” para a luta feminina por igualdade. “Março é um mês para dar visibilidade às mulheres, apontar os avanços, indicar o quanto ainda precisamos ocupar espaços de poder, como é este Parlamento. Diferente de outras datas comemorativas, originadas no Comércio, esta foi criada pela ONU, na década de 1970, a fim de simbolizar a luta histórica das mulheres para ter suas condições equiparadas às dos homens. Nós não queremos ser melhores que os homens. Muito pelo contrário. Queremos andar lado a lado. E, para isso, precisamos ter os nossos direitos igualitários preservados”, explicou.
Para a deputada, “é inacreditável que, em pleno 2022, a gente ainda precise gritar que as vidas das mulheres importam e que não somos propriedade dos homens. Precisamos refletir sobre o quanto a piadinha machista alimenta um ciclo de violência simbólica e física que tira a vida de tantas mulheres, todos os dias”, reforçou Eudiane.
Por fim, a parlamentar destacou a importância da representatividade feminina na Política. “E eu quero registrar aqui a importância de ter três deputadas nesta Casa Legislativa, mesmo que sejamos minoria. Isso é de suma relevância, porque quando se tem mulher no Parlamento, consegue-se dar uma maior atenção às pautas femininas. E com nossa luta e resistência nós vamos conseguir conquistar cada vez mais espaço”, finalizou a deputada.
O deputado Coronel Azevedo (PSC) também fez referência ao “Dia Internacional da Mulher”, parabenizando todas as mulheres brasileiras, em especial as servidoras e as três deputadas da Casa.
Em seguida, ele citou um projeto importante do seu mandato, em defesa da pauta feminina. “Uma das nossas primeiras ações, ainda em 2019, foi um requerimento ao Governo do Estado, em que pedimos a instalação das Casas Abrigo, a fim de acolher mulheres em situação de violência. Posteriormente, inclusive, a iniciativa foi objeto de proposta legislativa, tendo sido aprovada neste Parlamento”, destacou.
Azevedo registrou também o aniversário de duas unidades da Polícia Militar, em Natal. “Quero mandar um abraço a todos os combatentes que dedicam suas vidas, servindo no 4º Batalhão da PM, na Zona Norte, e também no 9º Batalhão, que fica na Zona Oeste. Eu presto a minha continência e dou os meus parabéns a todos os oficiais e praças dessas localidades”, celebrou.
Finalizando sua fala, o parlamentar opinou sobre o que chamou de “atentado” ao gabinete do deputado federal General Girão, na manhã de hoje, na Avenida Salgado Filho, em Natal.
“Foi um ato que vai de encontro ao princípio democrático e à pluralidade de ideias. É um absurdo isso. Uma ação injustificável. Há várias formas de se defender um ponto de vista e criticar alguém, mas depredar ou agredir é muito errado. Então, fica aqui a minha solidariedade a todos os servidores e ao próprio deputado Girão. E agora a polícia precisa descobrir quem está por trás desses atos”, concluiu.
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