(Foto: Joana Lima).

A Prefeitura de Natal vai ampliar os trabalhos de recuperação das vias da cidade. No próximo dia 15, terá início a Operação Pós-Inverno na cidade. Este ano, segundo informações da Secretaria de Infraestrutura, o regime de chuvas mais rigoroso provocou um aumento de cerca de 30% nos atendimentos do órgão.

Serviços como obras de recuperação de pavimentação (Operação Tapa Buracos), recuperação após afundamentos de pistas (devido à drenagem), quedas de muro e escavação de lagoas de captação (para evitar transbordamentos), entre outros, serão realizados através de uma “força tarefa” em todas as zonas administrativas de Natal.

“A cidade sofreu com o fenômeno climático Ondas de Leste, assim como várias capitais e cidades nordestinas. Por aqui, mesmo assim, não tivemos problemas de grandes alagamentos, quedas de encostas e, principalmente, perdas de vidas humanas. Agora é ampliar o atendimento às demandas e consertar os danos causados pelas chuvas”, comentou o prefeito Álvaro Dias.

Antes mesmo da Operação Pós-Inverno iniciar, a Seinfra já tem equipes nas ruas diariamente. Nesta terça-feira (7), estão sendo realizados serviços em vários bairros. São obras de reparo nas redes de drenagem das ruas: Rua da Sereia (Felipe Camarão), Rua Vicente Farache (Morro Branco) e Rua José Luís da Silva (Nossa Senhora da Apresentação).

Além disso, a Prefeitura realiza os trabalhos de recuperação do asfalto na Rua Abdon Nunes (Tirol),  da Escadaria em frente ao shopping Via Direta  e a escavação do fundo da Lagoa do Conjunto José Sarney.

“Em relação ao ano passado os atendimentos cresceram cerca de 30% em em função do aumento de chuvas. No entanto, graças à atuação da Prefeitura de Natal, mesmo no dia da chuva que aproximou a cidade dos 250 mm, por exemplo, apenas duas lagoas precisaram ser observadas em função do trabalho preventivo que foi feito nas lagoas de drenagem”, explica o secretário da Seinfra, Carlson Gomes.

De acordo com o Sistema de Monitoramento da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) foi registrado um volume médio de 144,6 milímetros de chuvas no estado em maio. Este número representa 41% acima da previsão para o mês – que era de (102,5 mm). A região Leste Potiguar, onde está Natal, recebeu o maior volume, com acumulado de 249 mm.

Segundo Carlson, as equipes estão trabalhando em regime de plantão em todas as áreas administrativas de Natal. “É um trabalho árduo pois temos que encarar essa chuva acima do normal, buracos deixados pela companhia de águas, de energia, de gás, lixo nas bocas de lobo, que enchem galerias e causam afundamentos das pistas, solicitações de serviços em vias estaduais como a Roberto Freire, João Medeiros Filho e Felizardo Moura, entre outras”, explica.

Com a expectativa de redução nas chuvas, e início do mutirão no dia 15, a expectativa é que as vias sejam recuperadas com brevidade. “Vamos atuar em todas as zonas da cidade ao mesmo tempo”, reforça o secretário.

Nossa Senhora da Apresentação

O secretário Carlson Gomes explicou que uma equipe da Secretaria de Infraestrutura está se dedicando, nesta terça-feira (7) para recuperar a Rua José Luís da Silva, no bairro de Nossa Senhora da Apresentação.

No local, uma cratera se abriu após a rede de drenagem romper em função das fortes chuvas. “O caso no bairro de Nossa Senhora da Apresentação representa muito desse trabalho que estamos fazendo no momento. Com chuvas normais a mesma equipe realiza vários trabalhos no mesmo dia. Como tivemos esse volume de água excepcional os estragos foram maiores e a mesma equipe leva muito mais tempo para atender a cada demanda”, explica o secretário Carlson Gomes.

 

Fenômeno Climático

O fenômeno chamado Distúrbios Ondulatórios de Leste (DOLs) ou Ondas de Leste (OL) é o responsável por provocar as fortes chuvas no litoral nordestino este ano.

De acordo com os especialistas, as Ondas de Leste nada mais são do que um fenômeno que provoca forte calor na região do Oceano Atlântico, próximo à costa da África, influenciando nos campos de vento e de pressão. A soma desses fatores a condições específicas de temperatura no Oceano Atlântico causaram as precipitações excessivas no litoral nordestino.