A exposição multimídia “O Sertão Virou Mar”, do artista Azol, chegou aos seus últimos dias em exibição gratuita na Pinacoteca do Estado, em Natal, e recebe visitantes até o próximo domingo (24). Mais de 1.700 pessoas já se encantaram com a arte de Azol sobre a temática do sertão, da caatinga e da vida simples do homem do campo. A exposição é, inclusive, uma excelente opção de lazer para a última semana de férias escolares.
A exposição tem variadas linguagens e formatos: são 43 fotomontagens, 10 pinturas em tinta acrílica sobre tela, três videoartes, dois videodepoimentos, uma instalação, tudo isso distribuído em quatro salas com ambientes intimistas. Antes de chegar a Pinacoteca do Estado, “O Sertão Virou Mar” foi exibida ao público no Rio de Janeiro, em Recife e em Fortaleza.
Inspirada no sertão nordestino, a arte de Azol retrata a vida cotidiana dessa região de forma lúdica. O Castelo de Seu Zé dos Montes, localizado no município de Sítio Novo, está presente em diversas obras de arte. Um burrinho solitário, os vaqueiros cavalgando pela mata e o menino caído ao chão são algumas das peças feitas pelo artista, que demonstram a beleza do sertão e não apenas a aridez da terra seca.
Centro Cultural e histórico
Visitar “O Sertão Virou Mar” é uma oportunidade também de conhecer a Pinacoteca, edificação histórica que possui um vasto acervo de obras de arte de diferentes períodos, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Brasil (Iphan), com arquitetura neoclássica. Também conhecida como Palácio Potengi, já abrigou o Governo do Estado, tendo uma relevância ímpar para o povo potiguar. Ela fica próxima às margens do Rio Potengi, no bairro histórico potiguar da Cidade Alta.
Azol, artista potiguar que reside em São Paulo há quase 30 anos, com formação em Cinema e Artes Gráficas, se utiliza da fotografia, pintura, escultura, vídeo, colagem e de outras linguagens para desenvolver sua arte, que possui uma característica única. Além do Brasil, suas peças também já passaram por países como França e Estados Unidos.
Apesar da riqueza de detalhes, cores, filtros e linguagens utilizados pelo artista, as obras de arte que compõem a exposição foram produzidas em um período de, aproximadamente, um ano. No entanto, o trabalho de pesquisa feito por Azol sobre o sertão nordestino já dura 10 anos. Baseado nesse estudo, nas viagens ao Nordeste e em conversas com o curador Marcus Lontra, o artista montou a exposição.
Em Natal, a exposição já recebeu a visita de escolas públicas e particulares, de grupos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), incluindo o reitor da instituição; de grupos de empresários, de artistas e de intelectuais, e do público em geral.
“Convidamos a todos que se interessam por arte a conhecer a exposição nesses últimos dias, já comemorando o imenso sucesso e receptividade que encontramos em Natal”, destaca Azol.
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