Estudantes das Escolas Municipais Professor Antônio Campos e Silva e Professor Carlos Bello Moreno vivenciaram na manhã desta terça-feira (09), uma sessão de audiovisual no Festival de Cinema Acessível Kids, um projeto de inclusão educacional realizado pela parceria entre o Programa Criança Esperança, a empresa Som da Luz e pela Ong Mais Criança, de Porto Alegre (RS), tendo em Natal, o apoio do diretor do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o professor Jefferson Fernandes, pesquisador da área de acessibilidade cultural.
O projeto acontece até a quarta-feira (10), de forma gratuita no auditório Pedro Silveira e Sá Leitão do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). Participaram da sessão de cinema cerca de 240 alunos da Rede Municipal de Ensino, que assistiram ao filme norte americano Malévola, produzido pela Disney e protagonizado pela atriz Angelina Jolie.
O Festival de Cinema Acessível Kids surgiu com a necessidade de incluir estudantes com deficiência física, mental e intelectual no mundo do cinema e fortalecer o vínculo do estudante com a escola por meio de uma atividade lúdica que gere empatia no convívio entre os diferentes. Para isso, o projeto ofereceu máscaras para os participantes que não têm deficiências experimentarem a sensação de uma pessoa com deficiência que assiste à exibição de um filme. O festival utiliza da áudio-descrição dos fatos que acontecem na trama, de legendas e de um intérprete de libras no filme para atender às diferentes necessidades de deficiência, como surdez e cegueira.
Representado a Secretaria Municipal de Educação de Natal, a secretária adjunta de Gestão Pedagógica, Naire Jane Capistrano, comentou que nunca tinha visto um processo de inclusão como esse que envolve o cinema, e ressaltou a importância da iniciativa. “O cinema é uma linguagem maravilhosa, você tem o visual e o áudio. Mas nós temos pessoas que não tem acesso, que têm alguma deficiência, que não têm acesso ao cinema de forma geral. Então, uma ação dessa com o cinema acessível, com a descrição para os cegos, com as libras para os surdos é uma estratégia social de alcance que vai ficar marcada na vida de todos que participam dessa experiência”, disse Capistrano.
O presidente da Ong Mais Criança e diretor da empresa Som da Luz, Sidnei Schames, relatou que o momento é especial e que se trata de um trabalho em equipe para sua realização pessoal. “Estou muito emocionado de viver este momento aqui com vocês. Só tenho a agradecer ao pessoal que esperou e a gente conseguiu completar o que esperávamos. Ademais, não tenho como conversar com vocês sem citar o meu filho Davi, que foi a inspiração do projeto”, comentou Schames.
Estudante da Escola M. Prof. Antônio Campos e Silva, Samuel dos Santos Varela, de sete anos, comentou que gostou muito do filme e da experiência. Já Ana Kézia Vitória, de nove anos, relatou com alegria que o filme é muito interessante. Os dois estudantes têm deficiência intelectual.
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