A Escola Municipal São José localizada no bairro de Ponta Negra, realizou na manhã deste último sábado (27), a II Gincana da Família reunindo pais, alunos e os grupos folclóricos originais da Vila de Ponta Negra como Congos de Calçola, Pastoril, Lapinha e Coco de roda. O evento foi realizado em tendas instaladas em frente à escola para apresentação dos grupos folclóricos em comemoração ao Dia do Folclore (22). A atividade integra o calendário de sábado letivo.
A diretora administrativa-financeira Shirlaine Maria Freitas de Souza, disse que o evento é um projeto cultural que envolve toda a comunidade, mostrando as tradições folclóricas a partir das atividades da gincana. “A nossa programação tem apresentação dos alunos com um teatrinho de fantoches e outras atividades, além dos grupos folclóricos, que convidamos, como o Pastoril e o Congo de Calçolas. Os membros dos grupos são integrantes das famílias dos estudantes, como tios, avós e pais. Também estamos reunindo alguns artistas da Vila de Ponta Negra que trabalham com o artesanato, como por exemplo, as rendeiras, pintores e cantores”, destacou Souza.
Ainda de acordo com a diretora, a gincana é cooperativa, com a intenção de que todos os alunos ganhem com a riqueza dessa cultura que está sendo inserida, estudada e desenvolvida na escola. “As atividades têm provas antecipadas onde os alunos procuraram informações desses grupos folclóricos, complementada com a parte das brincadeiras envolvendo estudantes e familiares”, disse a diretora.
A estudante Bárbara Ludmila Nunes dos Santos, 10 anos, comentou que a sua turma ficou encarregada de pesquisar o Pastoril e mostrar tudo o que o grupo faz para representar o folclore da vila de Ponta Negra. “Nós fizemos as roupinhas que toda a equipe está vestida e vários textos mostrando tudo que o Pastoril faz com a dança e a música”, contou Ludmila.
O mestre do grupo folclórico Congo de Calçolas, Pedro Santos Correia, que nasceu e ainda mora na vila de Ponta Negra, herdou o grupo do pai, Sebastião Francisco Corrêa e disse que começou a participar do Congo aos 12 anos, conhecendo na prática a tradição da dança originária da África. “Os estudantes em todo o Brasil não têm conhecimentos sobre folclore, sobre a cultura popular e estamos buscando a escola, porque na escola há espaço para transmitirmos essa tradição, ensinando para os estudantes que devem valorizar nossa cultura e que pode até dar uma continuidade a esse trabalho para não se acabar no futuro”, destacou.
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