O Câncer infantojuvenil é o maior causador de óbitos entre jovens de zero a 19 anos. Por isso, por iniciativa do deputado Hermano Morais (PV), a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte realizou na manhã desta sexta-feira (16), no setor das Comissões Permanentes da Casa, uma Audiência Pública com a finalidade de conscientizar a população para a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil, dentro de mais uma edição do Setembro Dourado, campanha da qual participa a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes, presidida pelo parlamentar propositor.
A meta da campanha é o combate ao preconceito e à negação sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce para ampliar as chances de cura. Ao final das discussões entre representantes de vários órgãos que trabalham com o tema, o deputado propositor anunciou o que será feito a partir de agora.
Depois de ouvir os depoimentos dos integrantes da Mesa e do público participante, inclusive de três jovens que começaram a fazer tratamento ainda na infância e de uma mãe de um filho que faz tratamento, que emocionou a todos, Hermano disse que é preciso uma maior ação do poder público em oferecer o tratamento adequado.
“Essa é uma ação que precisa ser repetida todos os anos. Inclusive está sendo implantada a política estadual de tratamento que receberá recursos para estruturar esses complementares das entidades. Essa tarefa pertence a todos nós, às entidades e à sociedade. Precisa de mais solidariedade e de mais ações do Poder Público. O diagnóstico precoce e o tratamento com excelência em tempo hábil salva até 80% das pessoas com câncer infanto-juvenil”, registrou o deputado Hermano Morais.
O câncer infantojuvenil é diferente do câncer do adulto. Ele geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação, o que corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo.
O tratamento corresponde a um trabalho coordenado por uma equipe multidisciplinar. Por sua complexidade, o tratamento deve ser feito em centros especializados e compreende três modalidades principais, quimioterapia, cirurgia e radioterapia, sendo aplicado de forma racional e individualizada para cada tumor, observando as características biológicas e a sua extensão.
A atenção integral dada à criança e ao adolescente no seu contexto social e familiar é tão importante quanto o tratamento recebido. A cura não deve se basear somente na recuperação biológica, mas também no bem-estar e na qualidade de vida do paciente, como preconizado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). É importante que os pacientes curados continuem o acompanhamento na clínica de seguimento para possibilitar o reconhecimento precoce e os cuidados apropriados em caso de complicações tardias.
Durante as exposições foi registrado que a situação melhorou, mas ainda existem muitas barreiras. Há muitas crianças que estão nas zonas Rurais dos municípios do Rio Grande do Norte com difícil acesso. O problema é discutir se as pessoas têm consciência de que o tratamento existe, mas é preciso que os diagnósticos sejam eficientes, em curto tempo. Só assim poderá ser evitada a perda de pacientes.
A mesa dos trabalhos, presidida pelo deputado Hermano contou com a presença da representante da Governadora Fátima Bezerra (PT), Luciana Olinto da Silva, coordenadora da Secretaria da Saúde do Estado; Luciana Aguiar Correia, substituta do Serviço de Onco hematologia do Hospital Infantil Varela Santiago; Ana Jales, representante da Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva; Talita Nayara, representante da Prefeitura de Natal; a Ocon-pediatra Bárbara Chaves, representante da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer e a Assistente Social, Marici Souza Pessoa Medeiros, representante do Grupo de Apoio à Criança com Câncer-Rn e dra. Zélia Fernandes, pioneira nesse tratamento, representando a da Casa Vida,
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