Criada este ano pelo coreógrafo que já deu aulas no Bolshoi, Artur Garcez, a escola Garcez Experimental de Dança comemora as primeiras conquistas em eventos nacionais e tem convites para participações fora do país
Com base no folclore, na dança e na cultura popular brasileira, surgiu este ano em Natal a Garcez Experimental de Dança. Criada e dirigida pelo experiente pesquisador e coreógrafo que já deu aula aos bailarinos do Teatro Bolshoi no Brasil, Artur Garcez, a escola de dança natalense começa a acumular conquistas em festivais nacionais e já tem convites para apresentações internacionais, na Argentina e nos Estados Unidos.
No Festival de Dança de Campina Grande/PB (FAC), realizado nos dias 3 e 4 de setembro deste ano, as nove coreografias inscritas foram premiadas: seis 2º lugares e três 3º lugares. Organizado por Fernanda Barreto, um dos grandes nomes da dança na Paraíba, o FAC completou 10 anos este ano. Nos dias 17 e 18 de setembro, já em Natal, os bailarinos do Garcez Experimental de Dança mostraram que a escola nasceu para fazer história.
Pela primeira vez realizada fora do sudeste brasileiro, o Open Dance, grande evento organizado pela renomada coreógrafa Patrícia Spadacia, registrou 12 premiações do Garcez, em 12 coreografias inscritas: oito 1º lugares e quatro 2º lugares. “No Open Dance fomos premiados como a melhor coreografia, com destaque para ‘Subindo as ladeiras de Olinda’, com as bailarinas Malu Lucena, Anna Clara Lopes e Julia de Aro”, destaca Artur, que já recebeu duas cartas-convites para eventos internacionais: ‘Festival de Danzas Mercosur’, em Puerto Iguazu, na Argentina, e ‘Dançando na Disney Universal Studio’, em Orlando, no projeto Disney Perfom & Art, programa de jovens talentos da Disney.
“Há uma possibilidade real, também, de fazer a abertura em um jogo da NBA (liga profissional do basquete americano)”, revela o coreógrafo e pesquisador.
Dança popular nas escolas da rede pública
Com a experiência de 34 anos no Colégio Marista de Natal, onde idealizou e fundou o Grupo de Dança Popular da instituição de ensino privada, Artur já tem um projeto pré-aprovado para levar a dança popular às escolas da rede de ensino público de Natal.
“Estou muito feliz nessa nova fase, com a Garcez Experimental de Dança. Um projeto onde vou dar continuidade aos trabalhos baseados nas Danças Populares Brasileiras e suas vertentes, além de seus atravessamentos como a linha Armorial, que comecei na Dança Educação na rede privada de ensino”, explica Artur.
Garcez tem passagem pelo famoso Bolshoi
A dedicação aos estudos do floclore, da dança e da cultura popular brasileira levou Artur Garcez a ministrar oficinas para alunos do balé clássico e contemporâneo, da famosa Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, localizada em Joinville/SC. O ano era 2013, quando ele ainda estava à frente do Grupo de Dança Popular do Colégio Marista de Natal.
Durante a oficina, Artur ensinou frevo, xaxado, ciranda, afoxé, coco, araruna e xote. Foi a primeira vez que os alunos do Bolshoi vivenciaram formas de expressão da dança brasileira, considerando suas origens e diferentes manifestações regionais. O coreografo destaca que as danças populares têm a capacidade de fazer o resgate de raiz e também ajuda as pessoas a expressar suas emoções. “Desconstruindo o corpo, quebrando paradigmas e adquirindo conhecimento de outras danças que têm outras linguagens, os alunos agregam o que aprendem para a formação pessoal e profissional”, ensina Artur.
GED promove primeiro espetaculo em outubro
Em outubro, no Teatro Alberto Maranhão, o Garcez Experimental de Dança promove seu primeiro espetáculo: o ‘Flor de Cactos’, que já está em fase final de preparação. A coreografia é baseada na linha Armorial, movimento que, segundo Artur Garcez, surgiu na década de 1970 e prioriza a valorização das artes populares da região Nordeste. A trilha sonora tem músicas de Antônio Nobrega, Chico Cesar, Luís Gonzaga e Maria Bethânia.
Criado ainda no primeiro semestre deste ano, em Natal, a escola Garcez Experimental de Dança funciona no Studio Corpo de Baile e já conta com 34 bailarinos. A proposta para 2023 é lançar uma turma infantil e ampliar os grupos Júnior e Sênior, que atendem adolescentes e jovens entre 12 e 22 anos, e Adulto, a partir de 23 anos. “No momento, estamos com vagas esgotadas e ainda com grande procura”, diz, orgulhoso, o coreógrafo e pesquisador, pernambucano de origem e potiguar de coração. A Garcez Experimental de Dança tem apoio da Mitsubishi Buda Motors, Studio Corpo de Baile e Yearbook Natal.
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