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Crédito da Foto: Nívia Uchoa/Governo do Ceará.

A menina Benigna Cardoso da Silva foi beatificada, ontem, pela Igreja Católica. Assim, cearense que foi morta em 1941 se tornou a primeira mártir do estado a ser reconhecida pelo Vaticano. A beatificação foi autorizada pelo Papa Francisco, em 2019. A cerimônia foi conduzida pelo cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, e reuniu autoridades, como o ex-governador e senador eleito Camilo Santana (PT-CE).

Benigna se tornou símbolo de resistência por causa de uma tentativa de estupro, quando tinha apenas 13 anos. Por não ceder ao ataque, foi brutalmente assassinada a golpes de facão em Santana do Cariri, a 523km de Fortaleza, em 24 de outubro de 1941.

A cearense ficou órfã de pai e mãe ainda criança e foi criada pelos irmãos. De acordo com Danilo Sobreira, coordenador de Pastoral da Paróquia Senhora Sant’Ana, de Santana do Cariri, cidade natal da agora beata, Benigna era vista como especial ainda criança pela sua devoção a Deus e pureza. Segundo a história do crime, ela começou a ser assediada aos 12 anos por Raimundo Raul Alves Ribeiro, mas ela sempre rejeitou as investidas.

Em homenagem à beata, será inaugurado, em 2023, o Complexo de Benigna, que ficará próximo à capelinha do martírio, em Santana do Cariri. O local terá uma estátua da menina de mais de 20 metros.

Desde maio de 2019, o dia 24 de outubro é, também, o Dia de Combate ao Feminicídio no Ceará. A data foi instituída pela Lei 16.892, que prevê a realização de campanhas, debates e seminários para conscientizar a população sobre a importância do combate ao feminicídio e a outras formas de violência contra as mulheres.

Diário de Pernambuco

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