Adoção de tecnologia e condução da política pública de saúde pelo Governo do RN salvaram vidas na pandemia.
Nesta quarta (23), os pesquisadores do Lais apresentaram à governadora Fátima Bezerra os impactos da Aplicação do Escore Unificado de Priorização (EUP) na plataforma regula RN
Salvar vidas, aumentar a rotação de leitos, reduzir a internação de pacientes em todas as faixas etárias. A decisão política de incorporar uma tecnologia com uma lógica descentralizada ao sistema de saúde foi importante e estratégica para mitigar os efeitos da covid-19. A afirmativa foi dada pelo diretor do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde – Lais/UFRN, Ricardo Valentim, nesta quarta-feira (23), durante audiência com a governadora Fátima Bezerra, para apresentação dos impactos da Aplicação do Escore Unificado de Priorização (EUP) na plataforma regula RN durante a pandemia.
“Sem dúvida nenhuma, o Lais foi um parceiro muito importante, muito estratégico no contexto do enfrentamento à pandemia no Rio Grande do Norte. Essa plataforma que o Lais produziu, o chamado Regula RN, adotado pela Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Norte, se revelou muito eficiente pela transparência que apresenta buscando um tratamento com equidade e eficiência”, afirmou a chefe do poder executivo estadual. “Essa parceria veio pra ficar e nosso propósito é avançar cada vez mais”, acrescentou.
Os dados apresentados atestam que o regula RN salvou, depois da adoção do protocolo de priorização pra internar os pacientes, muito mais vidas do que se não tivesse adotado esse protocolo. De maio de 2020 até julho de 2022, a implementação do EUP salvou 861 vidas. E mais do que isso, ele deu eficiência ao sistema de saúde, permitindo o sistema ser mais resiliente e mais responsivo. O tempo de espera na fila passou a ser menor que 5 dias, com aumento no número de casos com menos de 2 dias de espera.
“Está comprovado cientificamente que a adoção dessa tecnologia e a condução da política pública de saúde dada pelo Governo do Estado não só melhorou a chance de salvar mais vidas, ou seja, salvou mais vidas, como também melhorou toda oferta de serviço”, disse Valentim.
O Regula RN é uma plataforma que se consolidou durante a pandemia, mas que ganhou muita força no estado do Rio Grande do Norte. Hoje é referência nacional para regulação de todo o Sistema Único de Saúde.
“Essa cooperação técnica entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por meio do LAIS, e o governo do estado, através da Secretaria estadual de Saúde (Sesap), dá um futuro promissor para o desenvolvimento da ciência e para o fortalecimento dessas tecnologias na área de saúde do estado do Rio Grande do Norte e para o restante do país”, avalia Valentim.
Para o professor e pesquisadores, o dado mais relevante foi a mudança de tendência que se tinha quando o Rio Grande do Norte era comparado com outros estados. “O uso dessas tecnologias permitiu salvar um número muito maior de vidas e qualificar melhor esse processo de internação”.
Outra coisa que ficou comprovada é que a estratégia de utilizar uma rede hospitalar assistencial foi muito mais efetiva do que a adoção por exemplo de um hospital de campanha que teria centralizado tudo isso. Então, o regula RN permitiu justamente essa lógica descentralizada.
“O sistema de regulação do estado hoje já é reconhecido nacionalmente. Então isso favorece muito pra que essa tecnologia seja uma tecnologia de abrangência nacional. É muito importante para o fortalecimento da ciência aqui no estado, para o desenvolvimento de tecnologias na área de saúde. Significa que o Rio Grande do Norte passará a ser ainda mais um estado que produz e entrega para todo o SUS. Não somente para o RN, mas agora para o restante do Brasil”, ressaltou Valentim, que nesta quinta-feira (24) viaja para os Estados Unidos para apresentar a plataforma na Universidade de Harvard, na cidade de Cambridge, estado de Massachusetts.
Além dos já citados, participaram da reunião a secretária adjunta e o subsecretário de Planejamento e Gestão da Sesap, Lyane Ramalho Cortez e Elan Miranda, respectivamente, os pesquisadores do Lais, Aleika Alves, Caldeira Silva, Deivison Luan Nicolas Veras e Janaína Rodrigues.
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