Em um balanço sobre a qualidade da educação inclusiva oferecida pela rede municipal de ensino de Natal, a Secretaria Municipal de Educação divulgou números em reunião realizada nesta terça-feira (10), no Palácio Felipe Camarão. Segundo a SME, atualmente, a secretaria oferece suporte a mais de 2.200 crianças com deficiência.
O suporte se dá em sala de aula e no contraturno, além de aula em ambiente hospitalar (classe hospitalar), e classe domiciliar, quando há risco de agravamento do quadro de saúde e o aluno deve permanecer em casa, segundo explicou a chefe do setor de Educação Inclusiva do município, Priscila Dantas.
A SME afirmou que o município conta atualmente com 90 professores que realizam, no contraturno da aula regular, serviços da educação especial, com caráter complementar ou suplementar à formação educacional. Para isso, o município dispõe do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e do Atendimento Especializado Bilíngue (AEB), que oferece suporte para estudantes surdos, na língua dos sinais e portuguesa em 58 escolas de referência, na cidade do Natal.
Além disso, o município conta com 23 professores de libras, além de estagiários, que fazem toda a formação com a Secretaria de Educação. Para os jovens com dificuldade de locomoção, a secretaria conta com 15 ônibus escolares com acessibilidade. A SME conta, também, com alunos que assistem aula em ambiente hospitalar, com um professor em cada turno. A parceria acontece com o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, Hospital Infantil Varela Santiago, Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes e Hospital Universitário Onofre Lopes. Há, também, um professor que realiza aulas na classe domiciliar.
De acordo com a secretária da pasta, Cristina Diniz, o poder público deve oferecer mecanismos para que a criança com deficiência se sinta acolhida e incluída na sociedade. “A sociedade deve retirar barreiras para incluir. A criança com deficiência tem direito a participar e se desenvolver”, disse.
A secretaria conta também com parcerias com universidades e organizações não governamentais (ONGs) com o objetivo de promover atividades lúdicas para os alunos, além de cursos e capacitações contínuas dos servidores da rede municipal de ensino e representação no Comude – Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência.
Para receber a criança com alguma deficiência, a SME oferece a matrícula antecipada. “A ideia é se pensar no apoio e na logística para se retirar barreiras para o ensino e a aprendizagem. Temos o desejo enorme de oferecer esse serviço de forma ampliada. Diariamente, conseguimos perceber que somos referência para outros municípios e universidades. A comunidade já reconhece nosso trabalho”, comentou Cristina.
A reunião no Salão Nobre do Palácio Felipe Camarão contou com a presença de secretários e servidores municipais.
Deixe um comentário