Reconhecido nacionalmente pela excelência nos atendimentos, a atuação do Hospital Infantil Varela Santiago não se limita apenas à estrutura física e aos equipamentos modernos que garantem boa assistência médica às crianças e adolescentes do Rio Grande do Norte. O trabalho do hospital também possui outros pilares, como a formação profissional. A instituição oferece residência médica para 23 profissionais e nesta terça-feira, dia 28, realiza mais uma formatura, dessa vez com um gostinho ainda mais especial. Uma das profissionais se tornará a primeira intensivista pediatra formada no Estado.
Nayra Samara, de 35 anos, terminou a residência em Pediatria em 2015 e sempre foi interessada pela área de Medicina Intensiva Pediátrica, mas por motivos pessoais não pode sair para fazer a residência em outro estado. “Até que em 2021, o Varela abriu a residência e eu tive a oportunidade de ter a formação nessa área. Foram dois anos de muita dedicação e aprendizado. A UTI pediátrica do Varela é um serviço de excelência com uma equipe médica e multiprofissional especializada. Me sinto muito feliz em ter feito parte do início desse projeto que é a residência, porque acredito que investir na formação de médicos para atender uma área tão carente é um benefício para a sociedade potiguar”, explica.
O Rio Grande do Norte possui outros profissionais na área, mas que são formados em outras partes do País. “A iniciativa de abrir residência médica aqui no Estado foi bastante importante porque é uma área com muita carência”, relata. “Como prova disso, vimos nos últimos dez anos fechamentos de UTIs no nosso estado e com o início da residência aqui, acredito que esse cenário não se repetirá e nossas crianças terão uma melhor assistência”, comemora.
Segundo Ana Leonor Medeiros, Coordenadora da UTIPed do Varela Santiago, atualmente no RN existem 5 UTI pediátricas que atende o SUS, totalizando 41 leitos (Maria Alice – 10, Walfredo – 6, HUOL – 5, Varela – 10 e Mossoró -10). “Infelizmente temos poucos leitos para dimensão do nosso Estado, ainda nos dias de hoje temos relatos de crianças que morreram sem assistência”, acrescenta.
Ainda segundo a coordenadora, nas escalas ainda não há em sua composição, médicos intensivistas, pela falta de profissionais especializados ainda nessa área. “O momento que estamos vivendo é muito importante para nosso Estado, teremos a primeira intensivista formada aqui no RN. Isso abre portas para termos mais profissionais formados em terapia intensiva pediátrica uma vez que agora passamos a formá-los aqui”, diz.
O médico para ser intensivista pediátrico, explica Ana Leonor, precisa ter feito três anos de pediatria e a residência de terapia intensiva pediátrica que dura dois anos. “Durante a jornada desses dois anos, nossa residente teve a oportunidade de fazer estágios externos, na neonatologia, na cardiologia, na emergência. Assim como nos grandes centros, aqui ela teve a oportunidade de aprender vários procedimentos que são importantes para o intensivista e conseguiu uma ótima formação pois contou com estrutura tecnológica que pode dar suporte. Nós, do corpo médico do Varela, temos muito orgulho e estamos muito felizes com a qualidade da profissional que estamos entregando para a sociedade”, finaliza.
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