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Crédito da Foto/Isabela Santos.

Gestores dialogam sobre novas turmas de Letramento e Matemática, no Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy

Na avaliação do curso de Letramento e Matemática, no Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy (Ifesp), gestores, professores, equipe da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Norte (Fundase/RN) e um representante dos estudantes compartilharam impressões sobre a iniciativa. O encontro foi na quinta-feira (9), com o objetivo também de planejar novas turmas.

“Quando eu me formei no curso de garçom, minha mãe me abraçou, parecia que eu tava me formando numa faculdade”, disse um adolescente, que cumpre medida de privação de liberdade no Case Pitimbu, em Parnamirim.

O curso de garçom que *Bruno participou foi oferecido pelo Senac em conjunto com o Ministério Público do Rio Grande do Norte. As aulas foram realizadas na própria unidade socioeducativa. Para aperfeiçoar a leitura, a escrita e as operações matemáticas básicas, os formados participaram posteriormente do curso de Letramento e Matemática, no Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy – objeto de nova parceria.

As aulas foram realizadas de outubro a dezembro de 2022, duas vezes por semana, somando 20 horas. A ideia agora é criar novas turmas, ampliando a carga horária, por sugestão do adolescente.

Na avaliação dessa etapa no Kennedy, Bruno, que está no 7º ano do Ensino Fundamental, foi ouvido mais uma vez sobre o que achou das aulas, sua história de vida e sua experiência escolar. Na ocasião, a professora de Matemática, Márcia Assis, e o professor de Português, José Paulino Filho, dialogaram sobre a continuidade da atividade de extensão.

“A gente acredita muito que eles possam sair daqui com algum objetivo de vida e fortalecidos, de que tenham um futuro pela frente e com um pouco mais de reforço na educação possam alçar diferentes profissões”, compartilhou Márcia.

A coordenadora pedagógica, Ilza Fernandes, se emocionou ao dizer que uma estudante do Instituto lhe abordou curiosa sobre a presença dos adolescentes na instituição. “Quando expliquei do que se tratava, ela disse ‘Professora, eu sabia que o Kennedy era diferente, mas eu não esperava tanto’.”

A gerente de articulação interinstitucional, Nazaré Guimarães, destacou essa troca de conhecimento do projeto, que contribui também para a academia. “Essa experiência proporcionou trazer para dentro da faculdade o tema da socioeducação. O conhecimento tem como objetivo mudar a vida das pessoas, graças a ele temos a cura para as doenças, a tecnologia. Foi importante para os professores, mas também para a ciência, o debate de quem são vocês”, disse ao adolescente.

*Nome fictício para preservar a identidade do adolescente, conforme determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069/90.

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