Capitão de Fragata (T) Carla Daniel é a primeira mulher militar a atuar embarcada em uma missão de Paz da ONU.
Profissão militar e jornalista
Como Oficial da Marinha, ela passou por quase todos os lugares que admitem um comunicador social. Na área do Rio de Janeiro, por exemplo, foi responsável pela Seção de Relações Públicas do Comando do 1º Distrito Naval, quando era Tenente, e, anos depois, como Capitão de Fragata, foi encarregada de toda a Assessoria de Comunicação de lá. Em Brasília, serviu no Gabinete do Comandante da Marinha e no Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM). Ainda como militar da Força, trabalhou na Assessoria de Comunicação Social do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
O extenso currículo abriu portas para que a militar fosse designada para sua primeira Missão de Paz, o que mudou sua carreira na Marinha. “Fui para Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) como assistente do Comandante da Força-Tarefa Marítima (FTM) e Oficial de Comunicação Social. Com essa experiência, tive a oportunidade de participar do processo seletivo e ser aprovada para servir na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, onde fiquei por três anos no Departamento de Operações de Paz. E agora, estou em outra missão da ONU”. Cabe ressaltar o pioneirismo da Capitão de Fragata (T) Carla Daniel, pois ela foi a primeira mulher a atuar embarcada na FTM da UNIFIL.
Desafio
Como comunicadora, o momento mais desafiador na carreira da Oficial foi a participação na criação do CCSM. Em 2008, ela foi transferida do Rio de Janeiro para Brasília, para fazer parte da equipe que cuidaria da transição do Serviço de Relações Públicas da Marinha para o CCSM. “Éramos apenas sete Oficiais, incluindo o assistente do Diretor, para lidar com todos os produtos que seriam produzidos no Centro”.
Sobre a evolução na carreira de comunicador social na Marinha, ela viu nascer ou renascer vários produtos, dentre eles a revista Âncora Social, a Rádio Marinha (antes era apenas um programa na Rádio Verde Oliva do Exército Brasileiro), o Nomar Online, a TV Marinha, a Marinha em Revista, enfim, várias iniciativas ligadas a profissão de jornalista.
“O trabalho do jornalista e de todos da área de comunicação social é fundamental porque trata diretamente com a imagem da instituição. O público precisa saber o que está sendo feito. E a forma de divulgar também tem que ser adequada para os diferentes públicos e nada melhor que um jornalista para melhor adaptar essa mensagem”.
Sobre as oportunidades que a Marinha do Brasil proporcionou, ela afirma que, sem dúvida, a maior delas até o momento foi poder servir nas mais diversas áreas, da música, quando trabalhou com as bandas musicais do Corpo de Fuzileiros Navais, a uma região de conflito, durante as missões da ONU. “Acredito que essa variedade de assuntos atrai o jornalista que é um eterno buscador do novo. E tudo isso com a segurança de uma instituição estatal e apreciada pela sociedade. Se eu tivesse que recomeçar, faria tudo de novo”.
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Fonte: Agência Marinha de Notícias
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