Organizar e cumprir uma rotina de estudos é um desafio para os estudantes em qualquer que seja a etapa do ensino. É um processo que envolve disciplina, foco e que deve contar com o auxílio da escola e da família. Para essa construção dar certo, o aluno precisa ser reconhecido dentro das suas características e individualidades. Com o suporte de profissionais especializados, o Colégio Porto desenvolveu um programa voltado exclusivamente para orientar e acompanhar os estudantes.
De acordo com a psicopedagoga e especialista em Neurociência Aplicada à Educação, Jullie Rodrigues, do Colégio Porto, a rotina de estudos deve ser pensada a partir das atividades diárias que os alunos já realizam. Os bons resultados virão a partir da organização e de um planejamento que seja possível executar. Para ela, muitas vezes os alunos buscam preencher todo o seu tempo com uma rotina de estudos e acabam por não conseguir concluir devido ao sono e ao cansaço.
“Além das horas dedicadas a cada uma das disciplinas, é necessário avaliar o ambiente que utilizam para estudar, se as horas de sono estão suficientes, e dar pausas para descanso e alimentação. Cada aluno precisa conhecer o seu tempo e o seu corpo. Muitas horas de estudo, sem o devido repouso, podem gerar danos à saúde física e mental. Os estudos da Neurociência Aplicada à Educação comprovam que boas noites de sono são imprescindíveis para a consolidação das memórias”, argumentou.
Segundo a especialista, a chegada dos estudantes ao ensino fundamental II passa a exigir deles mais organização e dedicação. Nesse momento, eles se deparam com um número maior de professores e disciplinas e não é fácil para muitos estruturar essa rotina. “Nos sextos e sétimos anos, ainda há uma necessidade de a família estar muito próxima nessas horas, estabelecendo alguns combinados e, em parceria com a escola, buscar estratégias para que eles se organizem”, observou.
“Nos anos seguintes, inclusive no ensino médio, espera-se que os alunos tenham conseguido alcançar essa autonomia e esse processo se torne mais tranquilo. Os alunos da terceira série do ensino médio têm a especificidade das provas que dão acesso às universidades, em especial, o Enem. Esses jovens devem priorizar os conteúdos específicos da seleção que pretendem fazer e evitar acumular várias atividades durante o dia”, completou.
Aprendendo a Aprender
Dentro dessa estratégia de organização das rotinas, o Colégio Porto tem o NAPPE (Núcleo de Apoio Psicopedagógico) que é composto por duas psicólogas e uma psicopedagoga, as quais desenvolvem junto aos alunos o programa “Aprendendo a Aprender”, ensinando técnicas de estudo e construindo os planos individuais de cada estudante.
O objetivo desse atendimento é reconhecer o aluno enquanto sujeito ativo do seu processo de aprendizagem, seus objetivos e também suas dificuldades, pensando em uma rotina que se adapte ao contexto de cada um deles.
“O NAPPE é também um espaço de acolhimento, lidamos com adolescentes, com sonhos, metas e inseguranças. A escola que enxerga seus alunos para além dos resultados, forma mais que estudantes preparados para o Enem, forma cidadãos para a vida”, defendeu Julie Rodrigues.
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