A XXIII edição da Jornada de Educação das Unidades de Ensino de Natal – JENAT foi aberta na manhã desta quarta-feira (17), no Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure). Com uma programação extensa durante todo o dia, o evento continua por toda a quinta-feira (18), de forma online. A JENAT 2023 apostou no tema “Currículo em diferentes contextos: estratégias pedagógicas para (re)composição de aprendizagens”. Além do público presente no auditório do Cemure, assistiram ao evento de forma online 5.864 participantes. A JENAT 2023 conta com o apoio e patrocínio da Mind Lab Brasil e Sebrae-RN.
Na acolhida e credenciamento dos participantes a orquestra da Escola de Música Severino Cordeiro (Escola Municipal Ferreira Itajubá) se apresentou com repertório de música popular. A solenidade de abertura contou com a presença da titular da Secretaria Municipal de Educação, professora Cristina Diniz, dos secretários adjuntos Naire Capistrano, Aldo Fernandes e Mário Sérgio de Oliveira, da coordenadora da JENAT 2023, professora Noélia Barbosa e dos representantes da UFRN, Marta Aparecida Garcia e da Secretaria Estadual de Educação, Joás Ferreira de Andrade.
No discurso de abertura da titular da SME-Natal, a professora Cristina Diniz falou na importância da continuidade e avanços da JENAT. “Nós acreditamos que a JENAT tem uma função fundamental que é unir, trazer gestores, professores, coordenadores e todos os atores da Rede Municipal de Ensino para este espaço de discussão e reflexão sobre a educação pública”. A professora Cristina Diniz externou ainda o agradecimento e comprometimento de todos os profissionais que trabalharam incansavelmente para a concretização do evento.
A palestra de abertura foi proferida pela professora doutora Rosinalda Aurora de Melo Teles, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que versou sobre “Currículo em diferentes contextos: estratégias pedagógicas para (re)composição de aprendizagens”, que deu tema ao evento deste ano. Rosinalda Teles ainda trouxe o tema letramento matemático, e disse que este processo está ancorado numa perspectiva reflexiva quando a interação com o objeto de conhecimento. “Esse processo inicia-se na Educação Infantil, sempre priorizando os eixos de interesse da criança, a utilização de jogos, brincadeiras e até contação de histórias”, afirmou Teles.
Com uma proposta motivacional a segunda palestra foi conduzida pela psicóloga Flávia Cordeiro de Araújo Diogo que atua no Sebrae do Rio Grande do Norte, que destaca pontos como inteligência socioemocional e sinais de adoecimento psicológico da equipe de trabalho, habilidades positivas ao bem comum, como por exemplo, aceitação das diferenças, exercício da tolerância e o respeito e agir de uma maneira mais positiva diante das adversidades.
Na programação da tarde uma mesa conduzida pela secretária adjunta de Gestão Pedagógica, professora Naire Jane Capistrano reuniu os professores os professores doutores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Maria Cristina Leandro de Paiva e Dênnys Leite Maia para conversarem sobre a temática “Currículos e Contextos: novas construções de aprendizagens”, contextualizando experiências de carreira dos educadores diante das diversidades pedagógicas atuais.
“Pensar na infância é pensar nas coisas que não vemos. É preciso pensar na criança atual, a que divide sua atenção entre o computador e os outros aspectos da vida. Temos que nos adaptar a essa nova realidade, a essa concorrência de atenção que acontece em razão da tecnologia”, ponderou a professora Cristina Leandro.
Para o professor Dênnys Maia é fundamental a reflexão sobre perspectivas com o uso da tecnologia aplicada em sala de aula, observando o cenário do crescimento das chamadas “soft skills”, habilidades básicas que corroboram em um melhor desempenho de funções e dos ambientes de trabalho. “Não podemos colocar as tecnologias como os últimos educadores. O professor é, em última instância, o essencial para a realização do ensino. Saber fazer, compreender a lógica das coisas, resolvendo demandas. Nesse mundo atual surgiram muitas demandas, como resiliência, cooperação e essas são habilidades que não se ensina. Você proporciona experiências onde o aluno poderá desenvolvê-las”, afirma.
Na programação cultural da Jornada os participantes assistiram a violonista Gláucia Medeiros da Orquestra Sinfônica do RN, o Coral Municipal Sons da Terra, e o Grupo de Teatro do Alberto Maranhão.
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