As cifras faturadas no quinto mês do ano são nominalmente equivalentes às de maio de 2022. Entretanto, o volume é o segundo menor desde janeiro. O varejo teve o melhor desempenho.
As empresas do comércio varejista vêm, desde o início do ano, mantendo o ritmo ascendente das vendas no Rio Grande do Norte. Em função do quantitativo de estabelecimentos e da capilaridade, o setor tem compensado o desempenho dos demais segmentos com um faturamento nominal, que chega a ser quase o dobro do segundo colocado no ranking de vendas mensais no estado. Em maio, o varejo potiguar movimentou um montante de mais de R$ 3,34 bilhões, o que representa um crescimento de 8,6% no comparativo com o que foi vendido em maio de 2022. Esse volume equivale a cerca de R$ 1,4 bilhão a mais que o montante comercializado no atacado, por exemplo, no quinto mês deste ano.
Com esse resultado, o total de vendas no Rio Grande do Norte em maio chegou a R$ 12,4 bilhões, patamar que é semelhante ao volume registrado no mesmo período do ano passado e 2,51% maior que as vendas do mês anterior. As vendas acumuladas nos cinco primeiros meses do ano totalizam cerca de R$ 61 bilhões. Os números são da Secretaria Estadual de Fazenda do Rio Grande do Norte (Sefaz-RN), que divulgou nesta segunda-feira (19) os dados da movimentação econômica de maio com a publicação da 43ª edição do Boletim Mensal da Fazenda Estadual.
O monitoramento da Fazenda Estadual mostra que em maio foram realizadas mais de 36,8 bilhões de operações de vendas no RN, aproximadamente 32,6 milhões dessas transações ocorreram apenas no comércio varejista. O setor de revenda e distribuição de combustíveis foi o que teve o maior aumento em relação a maio do ano passado. O crescimento foi de 18% com vendas que atingiram R$ 1,67 bilhões no quinto mês de 2023.
Em seguida, aparece a indústria extrativista que registrou alta de 13,6% e uma movimentação de R$ 340 milhões no mês, acompanhada do segmento de bares restaurantes e similares, cujo avanço foi de 9,7% e um total negociado de R$ 195,9 milhões. As vendas em atacado cresceram 8,5% e alcançaram um volume de R$ 2,29 bilhões. Entre os setores pesquisados a indústria de transformação foi a que teve o menor crescimento no período: 4%. O volume faturado pelo segmento industrial chegou a R$ 2,29 bilhões no mês.
O informativo também revela os números da arrecadação de impostos no estado no quinto mês do ano. O recolhimento de ICMS registrou um aumento nominal de 8,5% no comparativo com maio do ano passado. Os valores arrecadados subiram de R$ 602 milhões para R$ 656 milhões. Porém, o aumento real foi bem inferior, já que a inflação acumulada no período até maio foi de 3,94%, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Ou seja, o crescimento do volume recolhido com esse, que é o principal imposto estadual, foi na realidade de apenas 4,56%. Mais de R$ 26,5 milhões foram abocanhados pela inflação, gerada pela alta nos preços dos produtos.
O mesmo ocorre com as receitas próprias arrecadadas no mês pelo RN, que registrou em maio um total de R$ 733 milhões – um aumento nominal de 7,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o volume recolhido foi de R$ 680 milhões. Descontado o IPCA acumulado nos 12 meses anteriores, o crescimento absoluto foi de apenas 3,86%.
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