A fiscalização ambiental da secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) esteve mais uma vez no bairro do Pajuçara, na zona norte, em ação contra o despejo de águas servidas em via pública. Desta vez, os efluentes lançados irregularmente pela comunidade estavam formando um grande ponto de acúmulo na Rua Tenente de Souza, e ocasionando danos à cobertura asfáltica da Av. Moema Tinoco. Ao todo foram nove tamponamentos, na tarde dessa terça-feira (22).
Essa não é a primeira ação realizada na Rua Tenente de Souza e também na Moema Tinoco, mas infelizmente, a comunidade é a principal responsável pela manutenção dos quadros de poluição no bairro. O supervisor de fiscalização de Água e Solo da Semurb (Spaso), Gustavo Szilagyi, relata que os imóveis foram anteriormente notificados pela irregularidade, e que esta é a segunda vez que a fiscalização promove a ação de tamponamento somente na Rua Tenente de Souza.
“Esse ponto recebe contribuições das águas servidas lançadas por moradores das ruas Tenente de Souza e Dezessete de Março. E formam uma lagoa no centro da primeira rua. Esse já é o segundo tamponamento feito no local, dessa vez foram oito imóveis tamponados só Rua Tenente de Souza”, comentou.
O trabalho de tamponamento consiste na vedação do cano que lança o efluente para via pública, após a notificação do responsável para cessar o problema de maneira voluntária. E só acontece em casos de descumprimento da notificação.
No trabalho, a fiscalização atendeu denúncias da 45ª Promotoria de Justiça e também do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), uma vez que no bairro existem constantes problemas de água servida e desgastes acentuados da estrutura do asfalto.
Ainda de acordo Szilagyi, a solicitação do DER foi específica para a Moema Tinoco, onde os efluentes lançados estavam ocasionando danos à cobertura asfáltica daquela via estadual de grande tráfego de veículos na região. “Por isso, focamos nas ações de combate à água servida no trecho em questão para ver se acabam os problemas dos buracos constantes na via”, disse.
A água servida é toda aquela proveniente do chamado esgoto doméstico ou comercial, ou seja, que resulta do uso de pias, banheiros, máquinas de lavar roupas, pias de cozinha, lavagem de veículos, entre outras. Szilagyi, conta também que o trabalho ainda não foi finalizado e deve continuar nos próximos dias.
E explica que pela Lei Municipal nº 4.100/1992 descartar água servida na rua caracteriza infração ambiental. Além disso, acarreta danos à saúde da população e traz prejuízos para os cofres públicos.
“Consequentemente, além do perigo de proliferação de vetores de doenças, entre elas pelo mosquito Aedes aegypti, que transmite Dengue, Zika e Chikungunya, tem-se os problemas na estrutura das vias, impedindo o livre direito de ir. Uma vez que acúmulo de água com produtos químicos, como detergentes e sabão, se acumulam nas vias e com o grande movimento dos veículos acaba contribuindo para acelerar o desgaste do asfalto”, finaliza o supervisor.
Qualquer pessoa que presenciar descarte de água servida ou esgoto em via pública pode denunciar na Ouvidoria da Semurb pelo telefone (84) 3616-9829, de segunda a sexta, das 8h às 14h. Lembrando que as denúncias podem ser feitas de maneira anônima.
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